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Entidades laborais do comércio e serviços entregam abaixo-assinado ao Ministro Luiz Marinho em defesa da portaria que regulamenta trabalho aos feriados

Diante do impasse criado na Mesa Nacional de Negociação sobre a portaria que regulamenta trabalho aos feriados no comércio e nos serviços, a FECOSUL, CNTC e CTB e mais de duas centenas de entidades que representam os trabalhadores do setor protocolaram junto ao Ministério do Trabalho, nesta quinta-feira, 23, um abaixo-assinado nacional em defesa da necessidade da negociação em convenção coletiva, como é atualmente, para a definição sobre o trabalho em feriados.

Segundo o presidente da Federação dos Comerciários do RS, FECOSUL e Vice-presidente da Confederação Nacional dos Comerciários, CNTC, Guiomar Vidor, a iniciativa é reação ao impasse gerado pela ABRAS-Associação Brasileira de Supermercados, que, de forma extemporânea, após cinco rodadas de negociação que haviam praticamente pacificado o acordo sobre o tema ainda no dia 24 de janeiro, resolveu impor a defesa da exclusão da necessidade de negociação coletiva com os sindicatos para definição da abertura de suas lojas nos feriados, o que foi prontamente rechaçado pelas entidades representantes dos trabalhadores. A atitude dos supermercadistas paralisou a negociação sobre um acordo que estava praticamente resolvido.

Para Vidor, o Ministro Luiz Marinho precisa levar em conta o acordo pactuado pelas entidades integrantes da comissão nomeada para a publicação da nova portaria, o que deve ocorrer até o final de maio, quando encerra-se o prazo de vigência da atual.

O dirigente destaca ainda que a negociação feita pelas entidades representativas dos setores econômico e profissional procurou atender os pressupostos da Lei 605 de 1949, que regulamenta o descanso semanal remunerado e a possibilidade do trabalho em dias feriados, quando as exigências técnicas não permitirem a suspensão do trabalho e ainda a lei 10.101/2000, que permite o trabalho nos dias feriados mediante a celebração de convenção coletiva de trabalho. Segundo ele, a proposta acordada, fortalece a negociação coletiva, preserva os direitos trabalhistas, dá segurança jurídica às empresas e atende às necessidades básicas da população.

Segundo Vidor, foi protocolado o documento junto com o abaixo assinado, com mais de 200 entidades, ao Ministro Luiz Marinho para reafirmar a posição e o apoio destas entidades sindicais a proposta de portaria construída na Mesa Nacional de Negociação.

VEJA DOCUMENTOS ABAIXO:

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Sindicomerciários Caxias carrega caminhão da campanha de arrecadação para cidades atingidas pela enchente

Na manhã desta quinta-feira, 23 de maio, a equipe do Sindicomerciários Caxias fez o carregamento do primeiro caminhão com as doações da arrecadação de donativos para os municípios de Roca Sales, Lajeado e Muçum, duramente atingidos pela enchente que está castigando todo o RS.

O Sindicomerciários, juntamente com o Movimento Sindical, se uniu a campanha do Caminhão do Bem, da Rádio Viva, para arrecadação de donativos para os municípios atingidos pela enchente. As doações foram entregues na sede da entidade, e buscadas na casa das pessoas que ligaram para fazer a doação. Entre as doações estão garrafas de água, alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza, cobertores, colchões, roupas de inverno, ração e fraldas.

Ivanir Perrone, tesoureira do sindicato, ressalta que as doações continuam, podendo ser trazidas diretamente na rua Pinheiro Machado, 1239, ou, ligando no 3221-6711, para solicitar que seja buscado. Segundo Ivanir, “o caminhão levará as doações para a cidade de Lajeado, no Sindicomerciários de Lajeado, onde o presidente, Marco Daniel Rockenbach, estará fazendo a entrega para as famílias atingidas. Mas a campanha continua, é só trazer a sua doação que vamos reunir e mandar novamente assim que encher um caminhão novamente”.

Par Nilvo Riboldi Filho, presidente do Sindicomerciários Caxias, “neste momento, precisamos ajudar com os produtos que as famílias atingidas resgatadas mais precisam, pois perderam tudo, só ficando com a roupa do corpo. Eles não têm o básico, para comer, se limpar, se agasalhar agora que, infelizmente o frio está chegando para agravar ainda mais a situação!” Nilvo salienta que, “se não tiver como trazer, nós buscamos. Toda doação é importante neste momento de fatalidade! ”.

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Campanha salarial 2024: Comerciários e comerciárias de Caxias do Sul aprovam pauta de reivindicações

Os trabalhadores e trabalhadoras comerciários de Caxias do Sul deram início na Campanha Salarial 2024, definindo a luta pela reposição das perdas da inflação com aumento real nos salários de 3% (+INPC) e a manutenção e ampliação dos direitos da Convenção Coletiva como principais metas para este ano. Essa foi a principal definição da assembleia geral realizada nesta segunda-feira, 20 de maio, no auditório da nova sede da entidade, aprovada por unanimidade.

Com a data-base em julho, a assembleia dá início às mobilizações da campanha em Caxias e região (Caxias do Sul, São Marcos, Flores da Cunha e Nova Pádua), que deve ter diversas ações, como a entrega de materiais informativos para a categoria e a sociedade, presença na mídia e nas redes sociais e mobilizações nas lojas e mercados.

INTRANSIGÊNCIA DOS REPRESENTANTES DOS PATRÕES ATRASAM CCTs

O presidente do sindicato, Nilvo Riboldi Filho, destacou que “as negociações do ano que passou foram difíceis, e ainda estão, pois, alguns representantes dos patrões insistem em não dar aumento real, apenas a inflação. Fechamos as Convenções coletivas de todas as categorias, menos de Farmácias e atacadista. Temos que lutar pela reposição com aumento real, precisamos buscar a valorização da categoria. Precisamos de respeito, condição digna de trabalho e remuneração justa. Assim como precisamos manter e ampliar os direitos conquistados em anos de luta presentes na nossa Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT. Sabemos que foi conquistado muito nas últimas décadas de luta, mas, se não nos mantivermos firmes, os representantes dos patrões sempre tentarão retirar ou diminuir, visando somente o lucro”. Neste ano, destacou o presidente do sindicato, “mais do que nunca, a classe comerciária e, os trabalhadores e trabalhadores, serão desafiados, como na pandemia, a reconstruir o nosso Estado, neste momento triste e difícil que estamos passando por causa das enchentes. E, para isso precisamos ser valorizados, respeitados e, de muita união”.

A Convenção Coletiva da categoria tem cerca de 80 cláusulas. Ela só existe porque foi conquistada pela luta do sindicato e garante os direitos que a lei trabalhista, principalmente após a chamada reforma trabalhista, não assegura mais como adicional por tempo de serviço: triênio, quinquênio; auxílio-creche e prêmio pelo trabalho em domingos e feriados.

No próximo mês, com a divulgação do índice do INPC do período, e as pautas aprovadas, o sindicato inicia as rodadas de negociação junto aos representantes das empresas.

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Sindicomerciários Caxias lança nova campanha de sindicalização

Além de iniciar a Campanha Salarial 2024, a noite de segunda-feira, 20 de maio, também foi marcada pelo lançamento da nova CAMPANHA DE ASSOCIAÇÃO, com o slogan “O SINDICOMERCIÁRIOS É MAIS: DIREITOS, BENEFÍCIOS E LAZER!”, apresentada pelo Jornalista Clomar Porto, que dá grande destaque para a reforma da Sede Campestre.

“A campanha vem destacar através de suas peças digitais e impressas os benefícios para os comerciários e suas famílias, em todas as faixas etárias. Hoje dispomos de importantes convênios na área de educação, por exemplo, com até 70% de desconto em faculdades, como a FSG, por exemplo! E, além dos profissionais como clínicos gerais, psiquiatras, psicólogos, ginecologistas, pediatras e os da área de dúvidas trabalhistas, também contamos com inúmeros convênios com especialistas e, uma clínica dentária que atende nossos associados e seus dependentes. Por isso o nosso slogan, pois o sindicato, além de estar sempre junto do trabalhador, é muito mais, mais direitos, mais benefícios e mais lazer!”, conclui.

O Sindicomerciários Caxias, que comemorou seus 92 anos de lutas e conquistas no último 11 de maio, é um dos sindicatos mais antigos em atividade do país, representando cerca de 25 mil comerciários e comerciárias dos segmentos de supermercados, lojas, farmácias, peças, siderúrgicos, funerários, atacados, atacados de madeiras e atacados de álcool e bebidas de Caxias do Sul, Flores da Cunha, São Marcos e Nova Pádua.

INÍCIO DAS REFORMAS DA SEDE CAMPESTRE

“O que já era muito bom, um grande motivo de orgulho da categoria comerciárias da região, vai ficar inda melhor”, afirmou Nilvo, com a reformulação, a sede passará a ser chamada de CLUBE DO COMERCIÁRIO. “A Sede está passando por uma profunda reforma. Teremos novas piscinas adultas e infantis, novos quiosques e qualificação de toda a estrutura. Uma grande obra que será inaugurada na próxima temporada de 2024/25”, conclui. Inaugurada em 1995, a Sede Campestre, principalmente durante a Temporada de Verão é um dos principais pontos de encontro e confraternização da família comerciária.

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Fecosul divulga programação do 12º Congresso, que será virtual por causa da calamidade no RS

O Congresso da Fecosul, que inicialmente ocorreria nos dias 24, 25 e 26 de maio em Torres, no litoral gaúcho, teve de ser alterado para o formato virtual, em virtude da calamidade por que passa o estado do Rio Grande do Sul. Ele será transmitido em uma sala virtual na qual participarão os delegados escolhidos pelos sindicatos na base.

Nesta semana houve a definição da programação do encontro que se concentrará em um dia apenas, na sexta-feira 24 de maio.

Veja como ficou:

9h: Abertura
Guiomar Vidor- Presidente da FECOSUL
9h30: Aprovação do Regimento Interno e Eleição Comissão Eleitoral
Apresentação do Vídeo FECOSUL
10h: A Conjuntura Política Brasileira e Mundial e os Desafios para o Movimento Sindical
Palestrante: Adilson Araujo- Presidente da CTB-Brasil
10h30: Debates
11h30: Alteração Estatutária
12h: Almoço
13h30: Contribuição Negocial: Limites e possibilidades após a decisão do Tema 935 pelo STF
Dr. Marcelo Goulart- Procurador do Trabalho PRT4
Dr. Eduardo Bestetti- Juridico Fecosul
Dr. Luiz Alberto de Vargas Desembargador TRT4
14h45: Debates
15h45: Aprovação do Documento Base e Plano de Lutas
16h30: Eleição da Direção da FECOSUL

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Fecosul e Fecomércio aprovam documento para orientar acordos entre sindicatos frente à calamidade

A Fecosul, que representa os trabalhadores e e Fecomércio, que representa os empresários, firmaram um protocolo de intenções para orientar seus sindicatos filiados sobre as medidas a serem tomadas por conta do estado de calamidade no Rio Grande do Sul, decorrente das enchentes de maio de 2024.

O documento contém cláusulas que serão inseridas em Convenções Coletivas de Trabalho, tais como, antecipação de férias, férias coletivas, banco de horas negativo, e outras, destinadas a garantir o emprego e a renda do trabalhador, bem como as condições de continuidade das atividades das empresas do comércio.

Importante destacar que as excepcionalidades poderão ser implementadas nos municípios atingidos, conforme relação contida em decreto do governo estadual. Também, que poderão ser solicitadas tanto pelos empregados quanto pelos empregadores.

Não obstante, a Fecosul atua na busca, junto ao governo federal, de medidas de médio e longo prazos para as garantias sociais e condições de continuidade e retomada das atividades do comércio.

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1º de maio: Frente ampla pelo trabalho decente, Por Guiomar Vidor

138 anos após da criação do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, que teve origem na luta por trabalho digno, salário normativo, direitos previdenciários, fim do trabalho infantil e do trabalho escravo, além da redução da jornada de trabalho, houve muitos avanços e alguns retrocessos. A certeza, hoje, é que ainda há muito por fazer para que a sociedade conquiste um padrão de civilização baseado no conceito de TRABALHO DECENTE.

Mas o que é trabalho decente? O conceito foi formalizado em 1999 pela Organização Internacional do Trabalho, OIT, e pode ser definido como “trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna”.

Mas, para que a frase “o trabalho dignifica o homem”, do sociólogo Max Weber, possa ser discutida a fundo, é preciso que o trabalho também seja digno. Foi pensando na importância do trabalho para o desenvolvimento sustentável que os países signatários das Nações Unidas definiram como o oitavo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, a ser alcançado até 2030: trabalho decente e crescimento econômico.

No entanto, o que vemos atualmente, no Brasil e no mundo com a crise do neoliberalismo, é a necessidade de lutar contra os ataques aos direitos, retrocessos e a precarização gerados por legislações regressivas, como aconteceu com as reformas trabalhista e da previdência no nosso país.

Neste 1º de maio, nosso grito de alerta é pela retomada de direitos que foram tirados por essas reformas, por trabalho e aposentadoria digna, igualdade salarial entre homens e mulheres, regulamentação do trabalho por aplicativos e a geração de mais e melhores empregos.

A nossa luta, para atingir esses objetivos, é nas ruas, nas redes e na política, ao lado de toda a sociedade. O futuro do Brasil está em disputa e precisamos de uma frente ampla em defesa do trabalho decente.

Por Guiomar Vidor
Presidente da CTB RS e da FECOSUL

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Profissionais de saúde do Sindicomerciários Caxias recebem capacitação sobre notificações de acidentes de trabalho

Na manhã desta quinta-feira, 21 de março, os clínicos gerais que atendem na Assistência Médica do Sindicomerciários Caxias, receberam treinamento sobre a portaria GM/MS Nº 217, de março de 2023 – Lista Nacional de Notificação Compulsória. O treinamento, realizado pela enfermeira Léia Cristiane Löeblein Fernandes Muniz, da Vigilância em Saúde do Trabalhador – VISAT, é destinado as pessoas que prestam os atendimentos iniciais os trabalhadores após a ocorrência de acidentes, como é o caso dos médicos, clínicos gerais, responsáveis pelas notificações.

A portaria substitui o agravo “Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes” da portaria anterior, por “Acidente de Trabalho” na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos em de saúde pública, nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente. Deve ser realizada em até 24 horas depois do primeiro atendimento ao paciente.

Segundo a Diretora de Saúde do Sindicomerciários Caxias, Silvana Ferraz, “a capacitação e o treinamento da equipe médica da Assistência Médica do sindicato é fundamental, pois os trabalhadores e trabalhadoras buscam nosso atendimento pela agilidade e qualidade do atendimento. Os nossos médicos, principalmente os clínicos gerais fazem o primeiro atendimento dos comerciários e comerciárias e suas famílias, são responsáveis pela identificação dos casos de acidentes de trabalho. ”

Vigilância em Saúde do Trabalhador – Visat

A Visat é um dos componentes do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde (SNVS), e consiste num conjunto de ações que visam promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução de riscos e vulnerabilidades na população trabalhadora e, que devem ser realizadas de forma contínua e sistemática, ao longo do tempo, visando a detecção, conhecimento, pesquisa e análise dos fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho de modo a fornecer subsídios para o planejamento, execução e avaliação de intervenções sobre esses aspectos, visando a eliminação ou controle.

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Comitê formado por entidades sindicais e empresariais indicará índice de reajuste do mínimo regional

Foi instalado na manhã desta quarta-feira, 21, Comitê de Política de Valorização do Piso Salarial do Estado do Rio Grande do Sul. Por iniciativa do governo do Estado, através do Decreto Nº 57.502 de 12 de março/2024, a instituição deste comitê permanente, tem o objetivo de debater e buscar consensos em relação ao índice de reajuste do Mínimo Regional já a partir deste ano.

O Ato formal de instalação ocorreu na Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Profissional e foi coordenado pelo Secretário Gilmar Sossella que, ao inaugurar esta primeira reunião, revelou que o papel do Estado será o de observador e mediador dos debates. O secretário pediu para que os integrantes do comitê estabelecessem, desde já, um calendário de encontros para que se tenha celeridade na busca de consenso em relação ao índice de reajuste a ser proposto, determinando que o prazo final, conforme estabelecido no Decreto, será 10 de abril.

Sossella destacou também que, caso as partes não cheguem a um acordo até esta data, o Estado decidirá pelo encaminhamento ao legislativo o projeto de reajuste determinando um índice baseado em estudos e levantamentos realizados pelos setores econômicos do governo.

Fernando Lemos, dirigente da Fecosul, destacou que em razão do pouco tempo que ainda resta até 10 de abril, as centrais sindicais, com o assessoramento do DIEESE, já tinham elaborado uma proposta inicial para ser debatida com o setor patronal no âmbito do comitê. Lemos solicitou que representantes das centrais tornassem de conhecimento público a proposta, realizando a entrega de cópias do documento ao governo e aos representantes das entidades empresariais (Farsul, Fecomércio e Fiergs).

Como esperado, o setor patronal declarou-se surpreso com a apresentação de uma proposta já na reunião de instalação do Comitê e sugeriu que nas próximas reuniões, técnicos e consultores econômicos possam assessorar as reuniões.

A proposta foi aceita pelo governo e pelas entidades sindicais que, em mesma medida, indicaram o Dieese para prestar assessoramento técnico. Ao encerrar, o Secretário Sossela ofereceu estrutura e sala da Secretária para a realização dos debates, sendo que a próxima reunião será no dia 28.

Texto: “Kiko” Haroldo Britto

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A defesa e importância da Justiça do Trabalho foram debatidas em encontro em Santo Ângelo

A FECOSUL e CTB-RS, com apoio do IAB, AGETRA e OABs de Santo Angelo, Santa Rosa, Ijui, São Luiz Gonzaga e Três Passos, realizaram seminário sobre Os Desafios Atuais da Justiça do Trabalho, no dia 14 de março, tendo como temas: A negociação Coletiva e a Manutenção das Entidades sindicais, A Competência Trabalhista na Nova Jurisprudência do STF, o Julgamento por Algoritmos e Função Judicial, e ainda, a Negociação Pré-Processual no Processo Trabalhista. O evento ocorreu na cidade de Santo Ângelo, na Biblioteca do escritório de Advocacia Paulo Leal Advogados Associados e sede do IAB no RS, contando com a presença de dezenas de lideranças sindicais, juízes e advogados, além do Desembargador vice-presidente do TRT/4, Alexandre Corrêa Cruz.

Na mesa de abertura, o presidente da FECOSUL e CTB, fez considerações sobre os desafios e possibilidades que a nova conjuntura política nos possibilita, que vão desde a reversão dos marcos regressivos das reformas trabalhista e previdenciária até a necessidade da construção de uma nova maioria política que permita avançarmos na construção desta pauta e apostarmos num novo projeto de nação.

Os advogados da FECOSUL e CTB, Dr. Joelto Frasson e Dr.Eduardo Bestetti, discorreram sobre a importância da negociação coletiva, seus entraves na legislação atual, e sobre a importância do fortalecimento das entidades sindicais e seu pape estratégico na luta pela manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas.

O presidente da AGETRA, Dr. Saulo Nascimento, tratou da importância da preservação da competência da justiça do trabalho e da descabida interferência do STF, que ao arrepio da constituição, vem trazendo graves prejuízos à justiça especializada e aos direitos dos trabalhadores.

Na parte da tarde, o representante do IAB no RS, Paulo Leal, examinou a crise que se abate sobre sistema de julgamentos em razão do acelerado movimento de desumanização da Justiça do Trabalho pelo abandono da oralidade processual. Para ele, tudo teve início quando resoluções editadas pelos tribunais permitiram a utilização de assessores nos julgamentos. “Com isso, parte das decisões judiciais foram terceirizadas para pessoas que não têm contato direto com as partes e testemunhas. Posteriormente, com a contratação de estagiário, uso de computadores e trabalho à distância, a situação se agravou de tal forma que em muitos casos já não é mais possível saber quem efetivamente exerce a função judicial.”

“Agora, com as notíciaa da introdução de sistemas de inteligência artificial, além de submeter juízes ao controle de máquinas, a função judicial será totalmente desumanizada”, completou.

Por fim, Paulo Leal fez um apelo para que trabalhadores, advogados e juízes promovam discussões sobre esse tema com a finalidade de retomar o debate sobre as bases dos sistemas de julgamentos, que se encontra sob o sério risco totalitário.

O Desembargador Alexandre Cruz destacou a importância do Direito Coletivo do Trabalho, das negociações coletivas e do papel fundamental da Justiça do trabalho na solução dos conflitos entre capital e trabalho. Também falou da importância da negociação pré-processual no processo trabalhista e o papel da mediação previa na solução de conflitos nos processos de dissídios coletivos.

CTB RS