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FECOSUL e sindicatos lançam campanha pelo fim da escala 6×1 e implementação da escala 5×2 para comerciários

A FECOSUL e os sindicatos de empregados no comércio e serviços do Rio Grande do Sul deram início a uma ampla campanha pelo fim da exaustiva escala 6×1 e pela adoção da escala 5×2 para os comerciários. A iniciativa busca sensibilizar a sociedade, os empregadores e os legisladores sobre a necessidade urgente de garantir mais qualidade de vida aos trabalhadores do setor.

Atualmente, milhares de comerciários enfrentam jornadas intensas, com apenas um dia de folga por semana. Isso significa menos tempo com a família, menos oportunidades de descanso e lazer, além de um impacto negativo na saúde física e mental. A implementação da escala 5×2, com dois dias consecutivos de descanso, representa um avanço significativo na luta por melhores condições de trabalho.

PL 67/2025

Um importante reforço para essa causa é o Projeto de Lei 67/2025, da deputada federal Daiana Santos, que propõe a redução da jornada semanal para 40 horas e a adoção obrigatória da escala 5×2 para os comerciários. A proposta busca harmonizar a legislação trabalhista brasileira com padrões internacionais e garantir que os trabalhadores do comércio tenham direito a um descanso adequado. A FECOSUL e os sindicatos filiados apoiam integralmente a aprovação desse projeto e trabalham para sua tramitação no Congresso Nacional.

De acordo com a direção da FECOSUL, essa mudança não apenas beneficiará os trabalhadores, mas também trará ganhos para os empregadores, com aumento da produtividade e redução do absenteísmo. Além disso, o novo modelo pode abrir oportunidades para a geração de mais empregos no setor.

A campanha contará com ações de mobilização, materiais informativos e articulações junto a parlamentares para reforçar a importância da alteração na jornada dos comerciários. “A luta pelo fim da escala 6×1 é uma questão de justiça e dignidade para a categoria. O comércio não pode continuar funcionando às custas do desgaste dos trabalhadores”, destaca o presidente da FECOSUL, Guiomar Vidor.

Os sindicatos filiados estão engajados e reforçam a importância da participação dos comerciários nessa mobilização. “É fundamental que os trabalhadores se unam, compartilhem essa causa e pressionem por essa mudança. O descanso adequado é um direito e não um privilégio”, afirmou Vidor.

A campanha pelo fim da escala 6×1 e pela implementação da escala 5×2 já está em andamento e será intensificada nos próximos meses. Para saber mais e participar das ações, os trabalhadores podem procurar os sindicatos filiados ou acompanhar as redes sociais da FECOSUL.

Assessoria

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Fecosul e Grupo Lins Ferrão retomam negociações para Acordo Coletivo

Na tarde desta quinta-feira, 06, a Fecosul e o Grupo Lins Ferrão, empresa controladora das lojas Pompeia e Gang, retomaram as negociações para o acordo coletivo de trabalho. A reunião, realizada por videoconferência, marca a reabertura do diálogo entre as partes, após uma pausa ocorrida em 2024 devido ao processo de reestruturação da rede Gang, especializada em produtos voltados ao público jovem.

A iniciativa de retomar as negociações partiu do próprio Grupo Lins Ferrão, que solicitou a reunião para debater uma nova forma de remuneração dos funcionários das Lojas Gang, com destaque para os empregados comissionados. Durante o encontro, foram abordados temas relevantes, como o sistema de metas e o comissionamento, garantindo o pagamento do piso mínimo da categoria.

A empresa se comprometeu a sistematizar uma proposta final, que será encaminhada nas próximas semanas à Fecosul. A federação, por sua vez, irá avaliar o documento e submetê-lo à aprovação dos sindicatos, por meio de consulta aos trabalhadores representados.

Participaram da reunião, pela Fecosul, o presidente Guiomar Vidor, o secretário-geral Fernando Lemos, o secretário de Relações do Trabalho Paulo Ferreira, além de dirigentes sindicais de Sapiranga, Montenegro, Taquara e Santa Cruz do Sul, acompanhados pela assessoria jurídica da federação. Representando o Grupo Lins Ferrão, estiveram presentes Douglas Tuchtenhagen e o Dr. Guilherme Guimarães, da assessoria jurídica da empresa.

A retomada das negociações representa um passo importante para a construção de um acordo que equilibre os interesses dos trabalhadores e da empresa, assegurando condições justas e transparentes para todos os envolvidos.

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Projeto de Lei propõe redução da jornada de trabalho e ampliação do descanso semanal para comerciários

A deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) protocolou um projeto de lei que pode representar um grande avanço para os trabalhadores brasileiros, especialmente para os comerciários. A proposta prevê a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e garante pelo menos dois dias consecutivos de descanso remunerado, colocando fim à escala 6×1 tão comum no comércio.

Atualmente, a legislação brasileira permite uma jornada de até 44 horas semanais, além de estabelecer um descanso mínimo de apenas um dia por semana. Com a nova proposta, os trabalhadores do comércio teriam uma escala de cinco dias trabalhados seguidos de dois dias consecutivos de repouso, garantindo mais tempo para descanso, convívio familiar e lazer.

A deputada destaca que a jornada dos trabalhadores brasileiros é maior que a de muitos países com economias semelhantes, como Canadá (32 horas semanais), Alemanha (34), Reino Unido (36) e Argentina (37). “Reduzir a jornada e garantir dois dias de descanso é um passo essencial na luta contra a exploração da classe trabalhadora. Nosso projeto propõe um debate amplo para encontrar alternativas que garantam mais qualidade de vida aos trabalhadores”, afirma Daiana Santos.

A proposta também altera a Lei nº 12.790/13, que regulamenta a profissão de comerciário, adequando-a à nova realidade de jornada reduzida. A medida reconhece o enorme desgaste da categoria e promove melhorias significativas para os profissionais do setor, que lidam diariamente com carga horária extensa e condições de trabalho muitas vezes exaustivas.

Para o Presidente da Federação dos Comerciários do RS, FECOSUL, Guiomar Vidor, a aprovação deste projeto seria uma conquista histórica para os comerciários. “A rotina intensa e a escala 6×1 impactam diretamente a saúde física e mental dos trabalhadores do comércio. Garantir dois dias de descanso e uma jornada reduzida é fundamental para melhorar a qualidade de vida da categoria”, destaca a entidade.

A FECOSUL segue acompanhando a tramitação do projeto e reforça a importância da mobilização da categoria para pressionar o Congresso Nacional pela aprovação da medida. “Precisamos nos unir para que essa proposta se torne realidade e beneficie milhares de comerciários em todo o Brasil”, conclui Vidor.

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Fecosul assina acordo de PLR com as Lojas Quero-Quero

A Fecosul (Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul) firmou um Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com as Lojas Quero-Quero, garantindo um benefício adicional aos trabalhadores da rede varejista. A assinatura do acordo contou com a presença do presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, do secretário-geral, Luiz Fernando Branco Lemos, e do representante das Lojas Quero-Quero, Anderson Longoni Moreira.

O acordo firmado é referente à performance alcançada pelas lojas ao longo de 2024. O pagamento da PLR aos funcionários deverá ser efetuado até o dia 31 de março do corrente ano, reconhecendo o esforço e dedicação dos trabalhadores no crescimento da empresa.

Segundo Guiomar Vidor, a Participação nos Lucros e Resultados é um avanço importante para os comerciários, pois representa uma renda extra sem a incidência de INSS e com tributação diferenciada através de uma tabela específica de Imposto de Renda. “Esse tipo de benefício valoriza os trabalhadores e incentiva uma maior produtividade, além de proporcionar uma remuneração mais justa pelo esforço empregado”, destacou o presidente da Fecosul.

A Fecosul segue empenhada em garantir melhores condições de trabalho e benefícios para os trabalhadores do setor, fortalecendo as negociações coletivas e ampliando os direitos da categoria.

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Fecosul e Federações dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação se reúnem com Senador Paulo Paim para discutir o PLS 537/2019

A Fecosul – Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul, representada pelo presidente, Guiomar Vidor, e pelos diretores, Américo Fabrício e Raul Cerveira, acompanhados do assessor jurídico, Dr. Eduardo Besttetti, uniu-se às federações do ramo da indústria da alimentação para uma reunião com o Senador Paulo Paim e sua assessoria. O encontro ocorreu no último dia 27, na sede do CIPP em Canoas, com o objetivo de discutir o Projeto de Lei do Senado Federal 537/2019, que propõe a criação de sindicatos específicos para trabalhadores em cooperativas.

Preocupação com a desconsideração ao conceito de categoria econômica e profissional

Os dirigentes sindicais manifestaram preocupação quanto ao impacto da proposta, que ignora o conceito de categoria econômica e profissional previsto na legislação brasileira.

Segundo o presidente da FECOSUL, Guiomar Vidor, cooperativa não é uma atividade econômica em si, mas uma forma de organização empresarial que pode abranger diversos segmentos, como agricultura, serviços médicos, limpeza urbana e crédito. Como cada atividade possui características específicas, a uniformização da representação sindical dos trabalhadores em cooperativas se torna inviável.

Para Vidor, a previsão de sindicatos específicos desvirtua o conceito de categoria, afrontando as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o princípio constitucional da unicidade sindical. Ele destaca que trabalhadores de cooperativas agrícolas, médicas e financeiras não necessariamente compartilham as mesmas condições de trabalho, critério essencial para a definição de categorias profissionais e econômicas.

Proposta de alteração do projeto de lei

Diante disso, os representantes das federações solicitaram ao Senador Paulo Paim que, em seu relatório, considere essas questões e proponha alterações nos artigos 1º e 3º do PLS 537/2019. O objetivo é preservar o conceito de categoria como um grupo de profissionais ligados por um mesmo ofício ou profissão, garantindo identidade nas condições de trabalho. Essa alteração é essencial para assegurar segurança jurídica, efetividade das negociações coletivas e isonomia entre empresas concorrentes.

Compromisso do Senador Paim

O Senador Paulo Paim reconheceu as dificuldades enfrentadas no Senado e no Congresso Nacional para avançar nas conquistas dos trabalhadores. No entanto, reafirmou seu compromisso com as entidades presentes, assumindo o compromisso de levar a pauta adiante e buscar atender às reivindicações apresentadas.

Mobilização sindical

As federações envolvidas deverão reunir seus sindicatos filiados nos próximos dias para estabelecer uma estratégia de mobilização e acompanhamento deste e de outros projetos em tramitação no Congresso Nacional.

Também estiveram presentes na reunião na reunião: FIEECA: Presidente, Pedro Mallmann; FETIA-RS: Presidente, Paulo Madeira; CONTAC: Presidente, Josimar Cecim

A discussão sobre o PLS 537/2019 segue em pauta, com os sindicatos atentos às movimentações no Legislativo e comprometidos em defender os direitos dos trabalhadores.

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FECOSUL assina acordo de Participação nos Lucros e Resultados com a Cia Zaffari

Na manhã desta quinta-feira, 30, a Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (FECOSUL) celebrou a assinatura do Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com a empresa Cia Zaffari. O ato contou com a presença dos diretores da entidade, Guiomar Vidor e Fernando Lemos, e do diretor de Recursos Humanos da companhia, Gilberto José Britz.


O acordo firmado beneficia todos os empregados da Cia Zaffari pertencentes às bases dos sindicatos filiados à FECOSUL. Conforme estabelecido, a participação nos lucros e resultados será paga no mês de abril de 2025, garantindo um reforço financeiro aos trabalhadores do setor supermercadista.
Os critérios de elegibilidade para o recebimento do benefício estão atrelados ao desempenho individual de cada filial e ao salário nominal dos empregados aptos ao recebimento. Dessa forma, o programa busca valorizar o engajamento e a contribuição dos trabalhadores para os resultados da empresa.


Para o presidente da FECOSUL, Guiomar Vidor, a assinatura do acordo representa um passo importante para a valorização dos trabalhadores. “A participação nos resultados é um importante acréscimo na remuneração dos empregados, mas precisa ser ampliada. O setor supermercadista tem apresentado crescimento constante nos últimos anos, o que permite avançarmos na busca pela melhoria da renda dos trabalhadores do segmento”, destacou o dirigente.


Com este acordo, a FECOSUL reforça seu compromisso na defesa dos interesses dos trabalhadores do comércio, atuando para garantir melhores condições salariais e um ambiente de trabalho mais justo para todos.

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Sindesc, Fecosul e CTB-RS denunciam ataque machista ao CRC-RS

Na manhã desta terça-feira, dia 17, o Sindicato dos Empregados em Escritórios de Contabilidade do RS (Sindesc), juntamente com a Federação dos Comerciários do RS, Fecosul e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CTB-RS, protocolou uma denúncia ao Conselho Regional de Contabilidade do RS (CRC-RS) contra a empresa Ritter Contabilidade e Perícias, de Ivoti. A denúncia trata de um e-mail enviado pela empresa contendo ataques machistas, direcionados à diretora do Sindesc, Valeska Brasil.

O Sindesc veio a público manifestar veemente repúdio aos ataques sofridos por Valeska Brasil, que estava em pleno exercício de suas funções sindicais quando foi alvo de mensagens de cunho sexual, assédio moral e machista por um representante da Ritter Contabilidade e Perícias.

“Lamentamos o ocorrido, pois é inaceitável que qualquer pessoa seja submetida a ataques verbais ou comportamentos inapropriados, especialmente em um ambiente profissional”, destacou o sindicato em nota oficial. A entidade reforça que a igualdade, o respeito e a dignidade devem ser princípios inegociáveis no ambiente de trabalho e que atitudes contrárias a isso precisam ser combatidas com rigor.

O Sindesc, junto às demais entidades, reforça seu apoio incondicional à diretora Valeska Brasil e informa que tomará as devidas providências judiciais cabíveis contra o ato. As entidades reafirmam seu compromisso com a defesa dos direitos das mulheres, a igualdade de gênero e o combate ao assédio e discriminação em todas as suas formas.

“Repudiamos o ocorrido e prestamos total solidariedade à Valeska. Não aceitaremos ataques dessa natureza contra qualquer pessoa, principalmente mulheres que atuam na defesa dos trabalhadores”, finaliza a nota.

A denúncia ao CRC-RS marca um importante passo na busca por justiça e no combate a práticas desrespeitosas dentro do ambiente profissional. As entidades esperam que o caso seja apurado com seriedade e que medidas firmes sejam tomadas para evitar novas situações semelhantes.

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Presidentes da FECOSUL e Sindicato dos Comerciários do RJ participam do 16º Congresso da Federação do Comércio e Serviços da CGT Francesa

Os presidentes Guiomar Vidor, da FECOSUL, e Márcio Ayer, do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, representaram a CTB Brasil no 16º Congresso da Federação do Comércio e Serviços da CGT Francesa, realizado na cidade de La Rochelle entre os dias 9 e 12 de dezembro. O evento reuniu mais de 350 delegados e delegadas para avaliar ações recentes, planejar os próximos três anos e eleger uma nova direção.

Debates e Intervenções

Durante os três dias de intensos debates, a secretária-geral da CGT Francesa, Sophie Binet, realizou uma intervenção especial abordando o cenário político da França e o papel da CGT na defesa do emprego e dos direitos sociais. Foram discutidos temas como a flexibilização dos direitos trabalhistas, as mudanças na previdência e a ausência de políticas de geração de emprego e contenção de demissões no governo Macron.

Mesa Redonda Internacional

No dia 11, representantes do Brasil, Egito, Bélgica e Grécia participaram de uma mesa redonda coordenada por Amar Lagha, presidente da Federação do Comércio e Serviços. O objetivo foi compartilhar as dificuldades enfrentadas em cada país, as realidades econômicas e sociais, e propor estratégias para unificar as lutas dos trabalhadores do setor em nível global.

Márcio Ayer destacou os desafios do governo Lula para implementar projetos progressistas no Brasil e as condições difíceis enfrentadas pelos comerciários brasileiros, como a luta pelo fim da escala 6×1, redução da jornada de trabalho e combate à redução de salários.

Guiomar Vidor reforçou os impactos do avanço das forças conservadoras e da extrema direita na América Latina e no mundo, destacando a regressão social vivida no Brasil entre 2017 e 2022. Ele também enfatizou a necessidade de uma estratégia global para unificar os esforços dos trabalhadores do comércio e serviços, destacando a luta contra demissões promovidas por grandes varejistas como Carrefour.

Pactos e Ações Futuras

Ao final do congresso, Vidor e Ayer propuseram a assinatura de um pacto sindical classista para a construção de pautas e políticas unificadas internacionalmente, proposta que foi bem recebida pela direção da Federação Local. A manifestação culminou em uma caminhada pelas ruas de La Rochelle, marcando o dia nacional de luta contra as demissões e em defesa do emprego.

Eleição da Nova Direção

No encerramento do evento, Amar Lagha foi reeleito como secretário-geral da Federação do Comércio e Serviços. Guiomar Vidor destacou a importância do congresso como uma oportunidade de compartilhar a realidade brasileira e aprender com as experiências de outros países. “A luta pelo fim da escala 6×1 no Brasil se espelha em conquistas já alcançadas na França, onde a jornada semanal é de 35 horas, mostrando que nossos objetivos são viáveis e atingíveis.”

Vidor também agradeceu a Veronika Cherter, brasileira, comerciária e delegada sindical da Federação em Paris, pelo apoio durante a estadia na França, reforçando a importância da solidariedade internacional para fortalecer a luta dos trabalhadores.

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Reunião da Comissão Sindical Consultiva aborda desafios trabalhistas no Vale do Sinos e Vale Paranhana

No dia 5 de dezembro de 2024, o Sindicato dos Sapateiros de Parobé sediou a reunião da Comissão Sindical Consultiva que reúne lideranças sindicais dos Vales do Sinos e Paranhana. O encontro foi marcado por debates sobre questões trabalhistas prioritárias para a região e contou com a presença de representantes de diversos sindicatos e autoridades do Ministério do Trabalho.

Uma das novidades apresentadas foi a nomeação do Sr. Vilson Roberto Ferreira como o novo Gerente do Ministério do Trabalho em Novo Hamburgo. Sua futura atuação será fundamental para atender às demandas locais dos sindicatos, especialmente no que tange à fiscalização de irregularidades e à proteção dos direitos dos trabalhadores. Uma das principais preocupações apontadas foi a recorrente falta de depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por parte de empresas, situação que tem prejudicado milhares de trabalhadores.

Também esteve presente na reunião o Sr. Claudir Nespolo, Superintendente do Ministério do Trabalho no Rio Grande do Sul. Ele destacou temas importantes em discussão nacional, como a escala 6×1, que está sendo debatida em Brasília e pode trazer mudanças significativas no próximo ano. O superintendente demonstrou preocupação com a precarização do trabalho por meio de terceirizações e reforçou a necessidade de enfrentar o dumping social, promovendo boas práticas na prestação de serviços terceirizados e garantindo condições dignas de trabalho no estado.

Outro ponto positivo anunciado por Nespolo foi a chegada de mais de 20 auditores fiscais aprovados em concurso público para atuar no Rio Grande do Sul em 2025, fortalecendo as ações de fiscalização no estado.

A reunião contou com a participação de sindicatos representativos, como os comerciários de Sapiranga, Novo Hamburgo e Taquara; os sapateiros da região; o Sindicato dos Couros de Estância Velha; e os gráficos de São Leopoldo, entre outros. Essas entidades reafirmaram a importância da articulação entre sindicatos e o Ministério do Trabalho para assegurar direitos, enfrentar irregularidades e promover um ambiente de trabalho justo.

Os debates e encaminhamentos realizados durante o encontro reforçam a necessidade de união entre sindicatos, trabalhadores e autoridades para enfrentar os desafios trabalhistas e fortalecer o trabalho decente no Rio Grande do Sul.

ELEIÇÃO (1)

Presidenta do Sintratel defende PEC da Redução da Jornada de Trabalho em Audiência Pública

A presidenta do Sindicato dos Empregados em Empresas de Telemarketing e Rádio Chamada do Estado do Rio Grande do Sul (Sintratel), Crislaine Carneiro, participou via videoconferência da audiência pública realizada nessa quarta-feira, 04/12, e organizada pela presidenta da Comissão de Direitos Humanos, Minoria e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados, Daiana Santos. O principal tema do encontro foi a PEC da Redução da Escala e da Jornada de Trabalho, apresentada pela deputada Erika Hilton. Segundo Crislaine, a proposta representa uma transformação fundamental na organização do trabalho e das relações humanas no Brasil, promovendo dignidade, qualidade de vida e um equilíbrio maior na sociedade.

A presidenta enfatizou que as longas jornadas de trabalho afetam negativamente a saúde mental, o bem-estar físico e a vida social dos trabalhadores. “Não é à toa que o Brasil lidera índices globais de transtornos mentais relacionados ao trabalho, segundo a Organização Mundial da Saúde”, destacou. Dados alarmantes foram apresentados, incluindo um aumento de quase 1000% nos afastamentos por burnout em uma década no Brasil, com consequências diretas para o SUS, a Previdência Social e o setor produtivo, que absorve os custos dos primeiros dias de afastamento.

Crislaine reforçou que a situação é ainda mais grave quando analisada sob a perspectiva de gênero. Pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) revelou que 72% dos trabalhadores brasileiros sentem-se esgotados mental e fisicamente, e 32% apresentam sintomas de depressão relacionados ao trabalho. Ela também destacou que o Brasil lidera a prevalência de ansiedade no mundo, afetando 9,3% da população, e ocupa o terceiro lugar no índice global de saúde mental.

Citando dados do relatório “Diretrizes sobre Saúde Mental no Trabalho”, da OMS, e uma nota conjunta da OMS e da OIT, Crislaine destacou que a redução das jornadas de trabalho é uma medida amplamente recomendada para melhorar a saúde mental dos trabalhadores. “A PEC não é apenas sobre horas de trabalho; é sobre saúde, dignidade e direitos humanos”, afirmou.

Ela criticou os argumentos contrários à PEC, classificando-os como “anacrônicos” e comparando-os aos utilizados contra conquistas históricas como o salário mínimo e o 13º salário. “Nós ouvimos as mesmas ideias retrógradas em 1988, quando conquistamos a redução da jornada de trabalho. Agora, é hora de garantir na lei essas mudanças necessárias.”

Finalizando sua participação, Crislaine reafirmou o compromisso do movimento sindical com a negociação de acordos e convenções coletivas para a redução da jornada e da escala de trabalho, mesmo após essas negociações terem perdido força com o advento da reforma trabalhista, que somente com a revogação dela é possível ter mais chances de sucesso. Hoje, uma redução de jornada só acontecerá por meio de lei. No entanto, a presidenta do Sintratel enfatizou que a garantia legal é essencial para avançar rumo a um ambiente de trabalho mais justo e saudável. “Estamos falando da expectativa de vida dos trabalhadores e de uma vida além do trabalho.”