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Sindicatos da região sul do estado debatem “A Conjuntura e os Desafios para o Movimento Sindical”

Na manhã desta quinta-feira, 31/10, a CTB/RS realizou a quarta etapa do Seminário “O Cenário Político Atual, as Propostas e Perspectivas de Avanços na Reforma Sindical e Trabalhista”. O Encontro ocorreu na sede do Sindicato dos Empregados no Comércio de Rio Grande.

A reunião contou com dirigentes e lideranças sindicais de Rio Grande, Pelotas, Jaguarão e São José do Norte. Participaram também, outras lideranças como Paulo Pacheco Tesoureiro da Fecosul e Diretor de Relações Sindicais do Sindicomerciários Caxias, Rodrigo Callais, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Hotelaria e Gastronomia de Gramado, SINTRAHG, e Jair Ubirajara da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares e Similares do RS, FECHRS/RS.

A abertura do seminário foi feita pelo presidente do Sindicomerciários d Rio Grande, Paulo Arruda, e pelos coordenadores regionais da CTB no sul do Estado, Valdirene Cabreira e Daniel Alvarenga, que relataram as enormes dificuldades enfrentadas por todas as entidades sindicais da região fortemente impactados pelo desmantelamento do pólo naval e pela reforma Trabalhista.

A extinção de milhares de postos de trabalho no setor portuário e de construção naval aniquilou a economia da cidade e afetou praticamente todas as categorias. Somando-se a isso a campanha antissindical sistemática feita pelo governo Bolsonaro e amplamente apoiada por setores atrasados do empresariado que levou muitos sindicatos de trabalhadores a situação falimentar.

O presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, fez uma retrospectiva sobre os retrocessos a partir golpe civil midiático sofrido pela presidenta Dilma, hoje inocentada em todas as instâncias judiciais em que o objeto de sua cassação foi analisado.

Falou sobre o avanço do conservadorismo a partir da posse de Michel Temer que, ao impor medidas que desestruturaram os movimentos sociais, populares e sindical, contribuiu para vitória eleitoral da extrema direita que, agindo por intermédio de Jair Bolsonaro, fez com que passássemos a viver sob a ameaça do nazi-fascismo e o esfacelamento da democracia no Brasil.

Guiomar destacou o quão importante e significativa foi a vitória na eleição de 2022 e a recondução do presidente Lula para o seu terceiro mandato. Falou sobre o assédio eleitoral religioso e trabalhista durante todo o processo de campanha eleitoral e destacou o papel protagonizado pelo TSE, pelo STF e por setores da mídia tradicional que, ante a ameaça real de rompimento institucional, juntamente com as entidades civis e os movimentos organizados da sociedade, evitaram o rompimento do estado democrático de direito.

O presidente da CTB e da Fecosul avaliou que, apesar de ter sido eleito um Congresso Nacional majoritariamente de centro-direita, a habilidade do presidente Lula tem sido determinante para que o país inicie um processo de reconstrução, alicerçado na reorganização da economia, dos programas sociais voltados para o setor mais pobre da população como Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Farmácia Popular, dentre muitos outros. Outro destaque foi para os grandes investimentos em obras de infraestrutura (PAC-3) que resultarão, em curto e médio prazos, na geração de empregos de qualidade com carteira assinada.

Um outro assunto abordado por Vidor fora sobre a reestruturação das entidades sindicais, cujo modelo está sendo discutido no âmbito do Ministério do Trabalho por uma comissão tripartite formada por representantes do governo, das centrais sindicais e de entidades empresariais.

Guiomar revelou que a CTB Brasil, que integra a comissão, tem divergências em relação a uma primeira proposta apresentada pois esta poderia enfraquecer e limitar as prerrogativas da Justiça do Trabalho.

Vidor também disse que uma reforma sindical profunda dificilmente será aprovada, “dada a atual correlação forças totalmente desfavorável que temos atualmente no Congresso nacional. Por isso é improvável, neste momento, que a classe trabalhadora consiga obter mudanças profundas como a revogação da total da reforma trabalhista e previdenciária.”

Por fim, Guiomar Vidor pediu às entidades sindicais: “mantenham-se mobilizados e cobrando do governo Lula sobre o que foi apresentado e prometido na campanha eleitoral. Isso não significa que a gente irá fazer oposição ao Lula, e sim empurrar o governo para que consiga fazer o que prometeu e deseja. Diante de um congresso em que temos minoria, nosso papel é fazer a chamada ‘pressão das ruas’ para que este governo que ajudamos a eleger priorize a nossa pauta.” finalizou.

REDAÇÃO: KIKO BRITO

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FECOSUL participa de inauguração de nome de rua em homenagem póstuma a Vera Goulart em Pelotas

Uma lutadora incansável, comunista, sindicalista e feminista, reconhecida em Pelotas, no RS e no Brasil pela sua dedicação à luta dos trabalhadores e trabalhadoras, das mulheres, dos excluídos e dos movimentos sociais por uma sociedade mais justa e socialista. Vera Morales Goulart foi homenageada, nesta quarta-feira, 30, com o nome de uma rua em Pelotas, sua cidade do coração e na qual desenvolveu praticamente toda a sua trajetória como ativista política, social e sindical.

A proposição que aprovou a Lei 7.138/2022, que dá o nome de Vera Goulart à rua Dez do Loteamento Parque Residencial Domingos de Almeida no bairro Areal, foi da vereadora Carla Cassais (PT).

Vera Goulart foi dirigente do PCdoB desde o final dos anos 1970; atuou na direção do Sindicato dos Comerciários e Comerciárias de Pelotas, na direção da Federação dos Comerciários e Comerciárias do RS, Fecosul, na direção da Central Única dos Trabalhadores, CUT e da Corrente Sindical Classista, CSC. No início dos anos 2000, durante o governo de Fernando Marroni (PT), foi coordenadora da Casa dos Conselhos de Pelotas, cargo assumido devido à respeitabilidade que ela adquiriu após anos de atuação na luta das mulheres e no Conselho Municipal da Mulher.

Referência

O presidente da CTB RS e Fecosul, Guiomar Vidor, esteve presente no ato. Segundo ele a Vera, “Gorda”, como ele carinhosamente a chamava, fora uma referência para o sindicalismo nos anos 80, 90 e 2000. “Aprendi muito com a Vera. Ela foi daquelas dirigentes que viajava o Estado construindo o movimento social e sindical. Foi uma dirigente de grande importância cujo legado nós sentimos e celebramos hoje. É uma justa a homenagem ter o seu nome em uma rua da cidade de Pelotas”, disse.

A irmã mais nova, Simone Goulart, acompanhou de perto os passos da Vera e se tornou ativista desde os tempos da juventude. Atualmente é presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Hotéis, Bares e Restaurantes de Pelotas. Para ela, a homenagem é motivo de emoção e reconhecimento pela vida de lutas e dedicação da irmã à causa social e por uma sociedade mais justa.

O ato contou com a presença de dezenas de amigos, amigas, companheiros e companheiras de lutas da Vera. Entre eles o ex-presidente do PCdoB de Pelotas, Clovis Silva; o ex-dirigente do PSDB local, José Marasco Leite, pais do Governador Eduardo Leite; a professora da UFPEL, Ligia Chiareli; a vereadora Mirim Marroni (PT), entre outros.

Vera Goulart era natural de Bagé RS. Faleceu em 2005, quando tinha 48 anos, em decorrência de complicações da diabetes.

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FECOSUL firma parceira em projeto social com o grupo Cuidado Que Mancha

Na manhã dessa terça-feira, 08, a diretoria da Fecosul representada pelo Presidente Guiomar Vidor, o Tesoureiro Paulo Pacheco, o Secretario de Relações do Trabalho Luiz Fernando Lemos e o Presidente do Sindicato de Caxias do Sul Nilvo Riboldi Filho, recebeu a diretora do Grupo Cuidado Que Mancha, Raquel Grabauska. No encontro foi assinado o Termo de Cooperação que oficializa a parceria para a execução dos projetos Mãos de Mães e Cuidado Que Lancha nos bairros São José e Restinga, além da sede do grupo.

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CAMPANHA SALARIAL: Sindesc RS conquista reajuste de 5,47% retroativo a março e aumento real nos pisos

Após quase quatro meses de reuniões e negociação, nossa campanha salarial 2023/24 finalmente chegou a uma resolução e conquistamos um acordo positivo para nossa categoria. Nos salários o reajuste será de 5,47% que é a reposição do INPC retroativo a março, a nossa data-base; e 6% de aumento nos pisos, neste caso, um aumento real de mais de meio por cento.

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Empresários do segmento lojista não apresentam nenhum avanço na reunião de negociação

Na segunda rodada de negociação da Campanha Salarial 2023, os empresários lojistas de Caxias, representados pelo Sindilojas, mantiveram a mesma posição da primeira reunião: não aceitam dar aumento real e valorizar os comerciários e comerciárias. Ou seja, mantiveram a mesma proposta que consiste em reajustar os salários com base apenas nos 3% do INPC. O Sindicomerciários Caxias reafirmou que a reivindicação da categoria comerciária é de 6% de aumento (3% que é o INPC do período + 3% de aumento real).

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Mutirão ‘Renegocia!’ começa nesta segunda e pode ajudar quem tem dívidas em atraso

Começa nesta segunda-feira (24) e vai até o próximo dia 11 de agosto um mutirão nacional para renegociação de dívidas dos consumidores, o “Renegocia!”. Qualquer pessoa que esteja com dívidas em atraso pode procurar os Procons, o Ministério Público, a Defensoria Pública e as associações de defesa do consumidor ou o portal consumidor.gov.br para buscar a renegociação.

Poderão ser renegociadas dívidas bancárias e outros tipos de contas em atraso, como do varejo, e não há limites do valor da dívida ou de renda definidos. Porém, o programa não abrange débitos com pensão alimentícia, crédito rural e crédito imobiliário.

O “Renegocia!” é organizado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além do mutirão de renegociação, serão realizadas iniciativas para promover a educação financeira e o crédito responsável.

Para evitar que o problema seja ainda maior, o governo aumentou de R$ 303 para R$ 600 o valor do mínimo existencial, quantia que fica protegida por lei e não pode ser bloqueada para quitação de débitos. O principal foco é evitar o superendividamento, que se configura quando o consumidor têm dívidas além da capacidade de pagamento.
O mutirão se soma ao Desenrola Brasil, programa recém-lançado pelo governo e pelos principais bancos que permite aos consumidores com dívidas bancárias negociarem diretamente com as instituições para quitar as dívidas, com condições especiais definidas por cada banco.

FONTE: BRASIL DE FATO

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Campanha Salarial 2023: empresários lojistas vêm com pacote de maldades contra comerciárias e comerciários de Caxias do Sul

A reunião de negociação com os empresários lojistas (Sindilojas) de Caxias do Sul ocorrida nesta sexta-feira, 21, surpreendeu o Sindicomerciários pela postura considerada de desleixo dos patrões em relação às reivindicações de seus funcionários. Ao invés de valorizar a categoria, a patronal chegou com um verdadeiro pacote de maldades, que inclui a diminuição do valor do auxílio-creche (através de seu congelamento), retirada do triênio, abertura do comércio no 1º de maio entre outras maldades. E pior, condicionaram o reajuste de apenas 3%, que é a inflação, a esses retrocessos. A resposta do Sindicomerciários foi: retrocessos são inaceitáveis! A categoria quer o INPC + 3% de aumento real, ou seja, 6% de reajuste e a manutenção de todos os direitos.

O presidente do Sindicomerciários Caxias disse ter ficado surpreso negativamente com a posição dos lojistas na mesa pois revela postura que dificulta a negociação e mostra evidente não reconhecimento do valor do trabalho da categoria. “Achamos que é uma posição incongruente diante dos bons resultados do setor local. Quando a patronal vem cheia de ataques aos direitos – isso é uma estratégia. Estratégia de quem quer dificultar o acordo para não valorizar e explorar ao máximo o trabalho dos seus funcionários. Só vêem o lucro, não as pessoas”, disse.

A proposta apresentada pelos patrões também foi criticada pelo presidente da Federação dos Comerciários do RS, Fecosul, Guiomar Vidor, que esteve presente na reunião. “A proposta de apenas o reajuste do INPC por si só não cobre nem as perdas do poder de compra sofrida pelos trabalhadores. Mas, atrelada a um pacote de maldades, é inaceitável”, assinalou.

Guiomar salientou ainda que o setor do comércio vem apresentando dados positivos de crescimento que não combinam com a postura na negociação. “O setor do comércio no Rio Grande do Sul já superou a pandemia e vem acumulando bons resultados desde 2021. No ano de 2022 cresceu 7,1% acima da inflação e foi um dos responsáveis pela retomada da economia no estado.”

Nilvo lembrou que a cesta básica de Caxias, segundo dados da UCS, aumentou 13,30% entre maio de 2022 e maio de 2023. Ela passou a custar R$ 1.377,77. “Por isso é tão necessário o reajuste com aumento real nos salários”, pontuou.

O QUE PEDEM OS COMERCIÁRIOS CAXIENSES:

  • Reajuste dos salários com aumento real: 6% (que corresponde ao INPC+3%)
  • Piso de RS 2.030
  • Licença maternidade de 180 dias e paternidade de 20 dias
  • Auxílio-estudante
  • Transporte gratuito
  • Reajuste no auxílio-creche
  • Vale-alimentação
  • Plano de saúde
  • Proibição de trabalho intermitente
  • Proibição de terceirização nas atividades fins

Nesta sexta, também houve negociação com o setor de mercados, com o Sindgêneros. A próxima reunião com os lojistas ainda não foi marcada.