003

FECOSUL participa de reunião com a deputada Daiana Santos em defesa do fim da escala 6×1 e da redução da jornada de trabalho

Na manhã desta sexta-feira 07/11, dirigentes da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Rio Grande do Sul (FECOSUL) participaram de uma importante reunião realizada na sede da CTB/Fecosul, em Porto Alegre, com a presença da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), autora do Projeto de Lei 67/2025, que propõe o fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

O encontro reuniu representantes das centrais sindicais CTB, Força Sindical e UGT, além de sindicatos de várias regiões e categorias profissionais, com o objetivo de articular estratégias de mobilização nacional pela aprovação do projeto no Congresso.

Durante a reunião, os dirigentes destacaram que o PL 67/2025 é uma proposta concreta e viável para garantir mais qualidade de vida, saúde e tempo de convivência familiar e social aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.

“Essa é uma luta que dialoga diretamente com a realidade dos comerciários e comerciárias. O modelo 6×1 é exaustivo, adoece os trabalhadores e compromete o convívio com suas famílias. A aprovação do PL 67/2025 é fundamental para construir uma nova cultura do trabalho, mais humana e equilibrada”, destacou o presidente da FECOSUL, Guiomar Vidor.

Os participantes também ressaltaram que o projeto se soma à PEC 148/2015, de autoria do senador Paulo Paim, que trata da redução da jornada de trabalho, e reforçaram o compromisso das entidades em ampliar o diálogo com a sociedade e os parlamentares.

A FECOSUL reafirmou seu compromisso em mobilizar a categoria comerciária e atuar em conjunto com as demais centrais e sindicatos para transformar essa pauta em uma conquista histórica da classe trabalhadora brasileira.

Imagem do WhatsApp de 2025-11-07 à(s) 10.36.04_99d4d38a

Definidos horários de abertura do comércio de dezembro em Taquari

Uma assembleia dos trabalhadores em lojas realizada pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Taquari (Sindicomerciários) definiu os horários de funcionamento do comércio durante o mês de dezembro. As empresas do setor de lojas das cidades de Taquari, Tabaí, Paverama e Poço das Antas só poderão abrir aos domingos com assinatura de acordo com a entidade sindical. 

As regras aprovadas permitem que as empresas signatárias do acordo abram as portas nos domingos dias 7, 14 e 21 de dezembro. A jornada deve ter duração de até quatro horas com pagamento de bônus de R$ 160,00 por domingo trabalhado e mais uma folga, que deverá ser compensada nos meses de janeiro e fevereiro de 2025. Além de garantia de folga na segunda e terça de carnaval.

O pagamento deve ocorrer via depósito bancário. A lista de trabalhadores e os comprovantes de depósitos deverão ser enviados ao Sindicato até às 12h da sexta-feira anterior ao domingo trabalhado.

Fechamento em dias úteis e sábados

Durante os dias úteis, as lojas terão limite de horário para fechamento. Entre os dias 01 a 05 e de 08 a 12 de dezembro, o horário de funcionamento não poderá ultrapassar às 18h30min. Esse limite será estendido até às 19h para o período entre 15/12 a 19/12, e nos dias 22/12 e 23/12.

Feriados e Véspera de Ano Novo

No dia 24 de dezembro, véspera de natal (quarta-feira), as lojas deverão fechar as portas às 16h30min, podendo estender as atividades até as 17h para atendimento dos clientes que já estiverem dentro da loja no momento do encerramento das atividades.

Já em 31 de dezembro, as lojas deverão fechar as portas às 15h30min e encerrar as atividades até as 16h. 

Dias 25 de dezembro e 1 de janeiro de 2025 não terá expediente, que deverá retornar no dia 02 de janeiro após às 13h30min

Empresas interessadas em fazer o acordo devem procurar a sede do Sindicato, na Rua General Osório, 2274, Centro. O horário de atendimento é das 8h30min às 12h e das 13h30min às 18h. O Whatsapp de contato é o 3653-3094.

image_processing20241118-603166-yudnha-750x479

Plebiscito Popular mobiliza mais de 2 milhões e garante vitória no Congresso Nacional

A força da mobilização popular e sindical mais uma vez fez história no Brasil. O Plebiscito Popular por um Brasil mais Justo e Soberano, organizado por uma ampla frente de movimentos, centrais sindicais e entidades da sociedade civil — entre elas, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) — reuniu mais de 2 milhões de votos em todo o país e foi decisivo para pressionar o Congresso Nacional, garantindo a aprovação de medidas que ampliam a justiça tributária e fortalecem os direitos da classe trabalhadora.

Durante mais de três meses de mobilização, urnas físicas e digitais foram instaladas em praças, escolas, locais de trabalho e sedes sindicais de todo o Brasil. O resultado foi expressivo: 2.118.419 votos registrados, demonstrando que o povo brasileiro quer um país mais justo, solidário e comprometido com quem vive do trabalho.

Voz do povo que ecoou no Congresso

A mobilização popular não ficou apenas no campo simbólico. Poucos dias após a conclusão do plebiscito, o Congresso Nacional aprovou o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, além de criar uma tributação mais justa sobre as grandes rendas.

Para a CTB, esse resultado foi uma vitória direta da pressão popular e da unidade das centrais sindicais, que mostraram que a luta organizada é capaz de transformar a realidade.

“O plebiscito foi um instrumento de democracia direta e um poderoso recado ao Congresso: o povo quer justiça social e valorização do trabalho. Essa conquista é fruto da mobilização e da consciência política da classe trabalhadora”, destacou Rodrigo Callais, presidente da CTB RS.

Redução da jornada é o próximo passo

Além da reforma tributária mais justa, o plebiscito também pautou outra bandeira histórica do movimento sindical: a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e o fim da escala 6×1.
A proposta, que tramita no Congresso Nacional por meio do PL 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), busca garantir dois dias consecutivos de descanso por semana, promovendo mais saúde, tempo de convivência familiar e qualidade de vida para os trabalhadores.

“O trabalho deve servir à vida, e não o contrário. A CTB continuará mobilizada pela aprovação da jornada 5×2 e pelo fim do modelo exaustivo que compromete a saúde e o bem-estar dos trabalhadores”, reforçou Callais.

Democracia participativa e poder popular

Para a CTB RS, o plebiscito popular representou um novo capítulo da democracia participativa no Brasil. Mais do que uma consulta simbólica, foi um exemplo de construção coletiva e de diálogo direto com o povo brasileiro, que reafirmou o papel estratégico do movimento sindical na formulação de políticas públicas.

“A luta pela taxação dos super-ricos e pela redução da jornada expressa o espírito da nossa Central: defender o trabalho, a renda e a soberania nacional. É assim que construímos um Brasil mais justo e solidário”, afirmou Guiomar Vidor, vice-presidente da CTB Nacional.

Unidade e mobilização permanente

Com o resultado concreto no Congresso e o fortalecimento da pauta trabalhista, a CTB RS reafirma seu compromisso de seguir mobilizando suas bases, construindo alianças com outras centrais e entidades, e mantendo viva a chama da organização popular que fez o plebiscito acontecer.

A vitória alcançada demonstra que quando o povo se organiza, o Brasil avança — e que a voz das trabalhadoras e trabalhadores segue sendo o verdadeiro motor da transformação social.

006

FECOSUL reforça defesa pela redução da jornada e fim da escala 6×1 em audiência pública na Assembleia Legislativa

Por iniciativa do deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS) e com a participação do deputado Luiz Gastão (PSD/CE), foi realizada uma Audiência Pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para discutir a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1, tema que mobiliza categorias em todo o país.

O encontro reuniu centrais sindicais, federações e sindicatos de diversas áreas, entre elas a FECOSUL e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), que reafirmaram seu apoio à aprovação do Projeto de Lei 67/2025, de autoria da deputada Daiana Santos (PCdoB/RS). A proposta garante dois dias consecutivos de descanso semanal e busca pôr fim ao modelo exaustivo que obriga trabalhadoras e trabalhadores a atuarem seis dias seguidos para apenas um de folga.

FECOSUL defende jornada digna e trabalho com qualidade de vida

Representando a CNTC e a FECOSUL, o presidente Guiomar Vidor destacou que a luta pelo fim da escala 6×1 é uma bandeira histórica dos comerciários e comerciárias. “Essa é uma luta pela dignidade humana. O comércio, como tantos outros setores, revela diariamente como a sobrecarga de trabalho prejudica a saúde, o convívio familiar e a vida social dos trabalhadores. Experiências internacionais mostram que reduzir a jornada é melhorar a produtividade e o bem-estar”, afirmou Vidor.

Ele também ressaltou que o movimento sindical tem papel central nesse debate: “Reduzir o tempo de trabalho é aumentar o tempo de vida. É permitir que as pessoas vivam com mais qualidade, participem da comunidade e tenham tempo para o lazer, o estudo e o cuidado com a família.”

Já Daniel Rockenbach, presidente do Sindicato dos Comerciários de Lajeado e dirigente estadual da CTB RS, afirmou que essa é uma pauta que faz bem a toda à sociedade.

O vice-presidente regional da FECOSUL, Cristian Fontella, que também é presidente do Sindicato dos Comerciários de Santo Ângelo, acentuou que os trabalhadores estão exaustos. “Trabalhamos cada vez mais e temos cada vez menos tempo — nem para descansar, nem para se qualificar. Presos a uma rotina desgastante, convivemos com salários defasados, jornadas exaustivas e com a dor de não podermos dedicar tempo à própria família. O fim da escala de trabalho 6×1 é urgente e necessário.”

Um debate nacional que avança

Durante a audiência, representantes de centrais e federações apresentaram dados e exemplos de países que já adotaram modelos de jornada reduzida sem redução salarial, comprovando que essa política traz ganhos sociais e econômicos — com mais produtividade, menos adoecimento e geração de novos empregos.

A FECOSUL reforçou que esse é um debate estratégico para o futuro do trabalho no Brasil, conectado às bandeiras do movimento sindical e às demandas populares expressas no Plebiscito Nacional. A entidade defende que a pauta seja transformada em uma campanha nacional unificada, em defesa da jornada reduzida, do fim da escala 6×1 e da valorização do trabalho decente.

“A luta pela jornada digna é uma luta por um novo projeto de país. Precisamos avançar para um modelo de desenvolvimento que coloque o ser humano no centro e supere a lógica da precarização que tanto adoece o trabalhador brasileiro”, concluiu Guiomar Vidor.

002

FECOSUL participa de audiência pública na Assembleia Legislativa do RS sobre proposta que flexibiliza aulas práticas em autoescolas para obtenção da carteira de motorista

A Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul (FECOSUL), representada por seu presidente Guiomar Vidor, participou na manhã desta quarta-feira (29/10) da audiência pública promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do RS, que debateu os impactos da proposta de resolução do Ministério dos Transportes que pretende flexibilizar as exigências para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A proposta em questão, apresentada pelo ministro Renan Filho, torna facultativa a obrigatoriedade das aulas práticas em autoescolas, o que tem gerado forte reação de diversas entidades sindicais, sociais e de saúde pública, que enxergam na medida riscos graves à segurança no trânsito, à saúde coletiva e ao emprego de milhares de profissionais do setor.

Plenarinho lotado e grande mobilização

A audiência pública, de iniciativa do deputado Carlos Búrigo, contou com ampla participação popular. Mais de 500 pessoas estiveram presentes, entre trabalhadores, empresários e representantes de entidades, que lotaram o Plenarinho da Assembleia Legislativa, além das salas das comissões nos andares superiores, onde a audiência foi transmitida ao vivo.

Entidades denunciam riscos à segurança e ao emprego

Durante as manifestações, as entidades presentes alertaram para o risco de aumento nos acidentes de trânsito, com impactos diretos sobre o sistema de saúde pública, além de prejuízos sociais com a possível extinção de milhares de postos de trabalho, principalmente de instrutores de autoescola e outros profissionais da área de formação de condutores.

O presidente da FECOSUL, Guiomar Vidor, afirmou que a medida representa um grave retrocesso. “Não podemos aceitar uma política que reduz a qualificação dos novos condutores e, ao mesmo tempo, ameaça empregos. A formação adequada salva vidas e garante responsabilidade no trânsito. Nossa federação se soma à luta das demais entidades em defesa do emprego, da segurança viária e da vida”, destacou.

Em defesa da qualificação e da vida

Para Vidor, é preciso reafirmar o compromisso com a qualificação profissional, com a defesa do emprego digno e com a segurança de todos no trânsito. “A medida proposta pelo Ministério dos Transportes precisa ser revista, pois ignora a complexidade do trânsito brasileiro e despreza a formação adequada como política pública de prevenção”, disse.

Ele acrescentou que a Federação seguirá mobilizada, ao lado do SEEACOM e do movimento sindical, dos parlamentares e da sociedade, para garantir que o direito à formação de qualidade não seja substituído por medidas que só interessam à lógica do mercado, em detrimento da vida e da dignidade dos trabalhadores.

Além de Guiomar Vidor, também participaram da audiência Rodrigo Callais, presidente da CTB RS; André Fonseca da Silva, presidente do SEEACOM; Fábio Pinheiro, diretor do Detran/RS; Vilnei Sessim, presidente do SINDICFC/RS; Dr. Marcelo Soletti, da Associação Nacional dos Detrans (AND); Ivilene Kiling, do Instituto das Mulheres pelo Trânsito (IMUTRAN); Dr. Humberto Moreira Palma, traumatologista e superintendente do HUSM; Dr. Vivakanand Satran, médico emergencista e representante da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga/Vida Urgente.

574054598_24760838583536547_5547794631065917310_n

FECOSUL participa de reunião da CNTC que define agenda nacional em defesa dos comerciários e da classe trabalhadora

Nos dias 27 e 28 de outubro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) realizou, em Brasília, reunião conjunta da Diretoria Executiva e do Conselho de Representantes, momento em que foram debatidos temas centrais para o futuro da categoria comerciária em todo o Brasil. A Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul (FECOSUL) esteve representada no encontro pelos dirigentes Ivanir Perrone e Guiomar Vidor.

Durante os dois dias de atividades, a CNTC reafirmou seu compromisso com a valorização da categoria e deliberou importantes encaminhamentos sobre pautas estratégicas, como a luta contra a terceirização desenfreada, a precarização das relações de trabalho no comércio e serviços, e o enfrentamento às escalas exaustivas de trabalho.

Escala 6×1 na mira da mobilização nacional

Um dos destaques das discussões foi o fortalecimento da campanha pelo fim da escala 6×1, considerada uma das maiores distorções da jornada de trabalho atual. A CNTC lançará uma campanha nacional em defesa de uma nova organização da jornada, que garanta no mínimo dois dias de descanso semanal e limite a carga horária a 40 horas semanais, sem redução salarial.

Essa reivindicação histórica está contemplada no Projeto de Lei 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que já tramita no Congresso Nacional. A FECOSUL, assim como outras federações filiadas à CNTC, irá reforçar o apoio ao PL, mobilizando a base da categoria e os parlamentares gaúchos em favor da proposta.

Isenção do IR e combate à precarização

A reunião também celebrou a recente aprovação do projeto do governo Lula que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais — medida que representa alívio significativo para milhares de comerciários e comerciárias que atuam com salários baixos ou médios, muitas vezes enfrentando duras jornadas.

Outro tema que gerou preocupação entre os presentes foi o avanço da terceirização e da informalidade, que seguem corroendo direitos trabalhistas no setor. A CNTC e suas entidades filiadas alertam que é preciso reforçar a fiscalização, garantir o cumprimento da CLT e combater qualquer tentativa de precarizar os contratos por meio de reformas disfarçadas de “modernização”.

Rumo a 2026: plano de ação e diálogo com presidenciáveis

A reunião da CNTC também aprovou o plano de ação para 2026, que inclui estratégias de mobilização nacional, fortalecimento das campanhas salariais, articulação legislativa e elaboração de uma plataforma com propostas a serem apresentadas aos candidatos e candidatas à presidência da República no próximo ano.

“A presença da FECOSUL nesse espaço reafirma nosso compromisso com a luta por mais direitos, melhores condições de trabalho e respeito à jornada de quem movimenta o comércio no nosso estado e no país”, destacou Vidor, que também é vice-presidente da CNTC.

Segundo Ivanir Perrone, a FECOSUL seguirá acompanhando os desdobramentos dessas pautas e convocando os sindicatos filiados a se engajarem nas mobilizações em defesa de uma jornada mais justa e condições dignas de trabalho para todos os comerciários e comerciárias do Rio Grande do Sul e do Brasil.

compras_natal_dsc_0295.jpg

Dia do comerciário: ontem e hoje, a mesma Luta. Mais tempo para viver com direitos e dignidade – Por Guiomar Vidor

No dia 30 de outubro de 1932, a história da classe trabalhadora brasileira foi profundamente marcada pelo protagonismo da categoria comerciária. Naquele momento, os comerciários e comerciárias do Rio de Janeiro protagonizaram uma greve histórica que conquistou, por meio de um decreto do presidente Getúlio Vargas, dois direitos fundamentais: a jornada de oito horas diárias e o descanso semanal remunerado aos domingos — a famosa escala 6×1.

A vitória dos comerciários não foi apenas uma conquista de categoria; foi um marco civilizatório. A partir dela, todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil passaram a ter reconhecido o direito ao descanso semanal e à limitação da jornada. O Decreto-Lei nº 4.042/32, publicado no Diário Oficial da União em 30 de outubro, consolidou um novo tempo para a classe trabalhadora — por isso, essa data se tornou o Dia do Comerciário e da Comerciária.

De ontem para hoje: o fio da luta que segue

Décadas depois, seguimos reconhecendo a força daquela mobilização de 1932. Os comerciários foram pioneiros em mostrar que, sem luta, não há avanço social. Nos anos 1940, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Lei 605/49 reafirmaram e ampliaram direitos. Já em 2013, no governo Dilma Rousseff, a Lei 12.790 regulamentou definitivamente a profissão de comerciário, coroando um processo de décadas de organização e resistência.

Mas a história também foi marcada por retrocessos. Nas décadas de 1990 e 2000, sob o peso das políticas neoliberais, os trabalhadores sofreram duros golpes, a chamada reforma trabalhista de 2017 trouxe a ampliação da jornada aos domingos, flexibilização de direitos e precarização das condições de trabalho. Ainda assim, a categoria resistiu. E, durante a pandemia, mostrou novamente sua importância — mantendo o atendimento à população mesmo nos momentos mais difíceis, garantindo o funcionamento do comércio e sustentando a economia do país.

Uma nova conquista à vista: a escala 5×2

Hoje, assim como em 1932, os comerciários e comerciárias voltam a erguer sua bandeira por mais tempo para viver. A luta pela escala 5×2 e pela jornada semanal de 40 horas é o passo seguinte na caminhada histórica pela dignidade e pela vida com direitos. Queremos garantir o que a luta de 1932 iniciou: o direito ao descanso, à convivência com a família, ao lazer, ao estudo e à saúde.

A conquista da escala 5×2 é um dos grandes anseios atuais da sociedade e representará uma nova vitória da civilização sobre a exploração. Uma jornada mais humana é uma jornada que reconhece que o trabalho deve servir à vida — e não o contrário. O Projeto de Lei 67/2025, da deputada federal Daiana Santos representa essa mudança e ganhou força após a notícia de que poderá ser encampado e defendido pelo governo Lula.

Viver com dignidade é o nosso objetivo

Neste 30 de outubro, a Fecosul e os Sindicatos dos Comerciários do Rio Grande do Sul homenageiam todas e todos os profissionais que, com dedicação e esforço, constroem diariamente o desenvolvimento do nosso Estado e do nosso país. Que o espírito de 1932 continue nos inspirando a lutar — agora, pela conquista de uma vida que caiba em mais do que o trabalho.

Ontem, 6×1 foi conquista. Hoje, 5×2 é a nossa bandeira. Porque viver com dignidade é o maior direito de todos os trabalhadores e trabalhadoras.

GUIOMAR VIDORPresidente da FECOSUL e vice-presidente da CNTC

blog-cisslive-layout-de-supermercado.jpg

Gigantes do varejo gaúcho adotam jornada 5×2 para reter e atrair mão de obra

Duas grandes varejistas gaúchas estão adotando jornada de trabalho diferente do que domina o setor. E a razão? A dificuldade de preencher vagas e reter pessoas. A Comercial Zaffari, de Passo Fundo, segunda maior supermercadista do Estado e dona da bandeira Stok Center, e a rede de eletrodomésticos e materiais de construção Quero-Quero começaram a implementar escalas de 5×2 em vez de 6×1, que domina o comércio.

O atrativo para os empregados é poder ter folgas seguidas, seja no fim de semana ou em dias de semana. A carga horária de 44 horas semanais se mantém, seguindo a regra prevista da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A informação foi repassada para a coluna Minuto Varejo pela Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços (Fecosul) e pelo sindicato da categoria em Lajeado, no Vale do Taquari, onde a jornada já está em vigor.

No atacarejo Stok Center, a escala de 5×2 para preencher vagas foi adotada para a filial aberta em junho na cidade. O presidente do Sindicomerciários de Lajeado, Marco Daniel Rockenbach, diz que a oferta partiu da própria empresa. A entidade havia prevenido o grupo que, com o salário e a jornada 6×1 e ainda aos domingos, a Comercial não conseguiria candidatos. Um motivo extra na região é que as redes de varejo rivalizam com as indústrias, com remuneração superior e ainda folgas em fins de semana.

“Há grande falta de mão de obra, e a indústria é nossa grande concorrente, como em avicultura e doces”, cita o sindicalista de Lajeado. “O Stok Center achava que ia ser fácil conseguir candidatos, avisamos que tinha de pagar além do piso e ter diferenciais, como rotação de folgas, incluindo sábados”, cita o presidente do sindicato.

“Esperamos que mais redes busquem o mesmo caminho. Virou um grande atrativo. Os trabalhadores querem folga dupla”, reforça Rockenbach. A Comercial adotou o 5×2 na nova loja e ainda subiu um pouco o piso, diz o sindicalista. O grupo não respondeu ao questionamento da coluna sobre a medida.

O setor de supermercados é um dos campeões em rotatividade de mão de obra. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) fala em mais de 60%. Os contratados saem após o período de experiência. “Tem gente que troca de empresa por R$ 50,00 a mais”, conta o sindicalista de Lajeado.

O novo esquema também seduz gerações mais novas, que são as que mais trocam de local de trabalho. “Os mais jovens não querem trabalhar sábado de tarde e domingo. Querem mais liberdade”, avisa o dirigente local.

O presidente da Agas, Lindonor Peruzzo Junior, acompanha o movimento das redes: “É uma estratégia que cada empresa está montando devido à dificuldade total de contratar e reter pessoas”, diz Peruzzo Jr, validando que a saída também busca contrapor a disputa de mão de obra com as indústrias.

Na Quero-Quero, a jornada 5×2 começou em outubro em duas lojas de Lajeado de forma piloto em Lajeado, após acordo com o sindicato, porque altera as condições anteriores. No Stok Center, não houve acordo pois foi na contratação.

“Eles (Quero-Quero) vão fazer rodízio com as pessoas, incluindo folgas na semana, para que todos tenham folga dupla em uma semana no mês. A ideia é que a pessoa possa se programar no mês”, explica o sindicalista. “Estão focando em unidades com turnover maior”.

Na região de atuação do sindicato em Lajeado, englobando oito cidades, Rockenbach diz que há 800 a mil vagas abertas com dificuldade para serem preenchidas. São 400 a 500 somente no comércio. O Via, do grupo Passarela, será aberto com previsão de 150 empregos. O grupo catarinense enfrentou problemas para reter funcionários no Lajeado Shopping. O dirigente local diz que fez alerta sobre a futura operação.

“Penso que 40 horas e escala 5×2 é o caminho mais adequado no momento para depois avançarmos para busca de uma jornada menor”, aposta Guiomar Vidor, presidente do Fecosul, que espera mais adesões de empresas ao esquema de mais folgas na semana.

A legislação trabalhista prevê número mínimo de folgas no mês, mas nem sempre o descanso é concedido dentro dos sete dias corridos da semana. Isso já gerou críticas e reações de categorias em segmentos que abrem de segunda a segunda, como supermercados e farmácias. O Grupo Zaffari, o líder do setor, foi alvo de manifestações e campanha, que inseriu a pauta da jornada. O grupo fez mudanças na rotina de trabalho, segundo apurou o Minuto Varejo.

FONTE: Jornal do Comércio

Imagem do WhatsApp de 2025-10-24 à(s) 09.53.39_d49b5442

Trabalhadores da Cooperagri terão reajuste salarial com ganho real

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Taquari e Região assinou o novo acordo coletivo para os trabalhadores da Cooperativa Agroindustrial São Jacó – Cooperagri. O documento garante aumento real de salários e terá validade de dois anos.

Com isso, o piso de efetivação salarial será de R$ 2.100,00. Para quem ganha acima do piso, o reajuste salarial será de 5%. Os valores valem a partir de 1º de janeiro e as diferenças salariais serão pagas junto com o salário pago até o 5º dia útil de novembro.  

Para o ano de 2026, todos os salários serão reajustados pelo INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor acrescidos de 0,5%.

Cláusulas Sociais

Entre os benefícios conquistados aos trabalhadores que estão contidos no acordo coletivo estão:

Auxílio Creche: Benefício pago para trabalhadores com filhos até seis anos de idade. O valor será de 8% do piso salarial. 

Prêmio Assiduidade: Valor de R$ 200,00 para quem não faltar ou chegar atrasado no decorrer do mês. Pagamento via cartão alimentação.

Prêmio dia do comerciário: Em comemoração ao dia 30 de outubro, cada trabalhador receberá uma premiação de R$ 100,00 para os trabalhadores. Em 2026, esse prêmio será de R$ 250,00. O prêmio será pago via cartão alimentação.

Ajuda de Custo de Transporte: Os trabalhadores que não utilizam o transporte público para chegar ao trabalho terão direito a uma ajuda de R$ 130,00, que também será depositado no cartão alimentação.

Ajuda Alimentação – Trabalhadores receberam auxílio de R$ 400,00 durante o período de férias e licença maternidade. Valor calculado proporcionalmente aos dias de férias. O Benefício entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026.

Quebra de caixa: Adicional de 10% do piso para trabalhadores que trabalham na função de caixa.

Quinquênio: Adicional de 2% do salário a cada 5 anos de empresa.

002

FECOSUL e CTB RS participam de manifestação em apoio ao SEEACOM-RS na defesa da formação para CNH

A Federação dos Empregados no Comércio do RS (FECOSUL) e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB RS) estiveram presentes expressando seu apoio ao SEEACOM-RS (Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos no Comércio do RS) no protesto contra a proposta do Ministério dos Transportes que pretende tornar facultativas as aulas obrigatórias para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Protesto em Porto Alegre: mobilização pela educação no trânsito

Na manhã desta quinta-feira, 16/10, Dia Nacional do Instrutor de Trânsito, trabalhadores e trabalhadoras de autoescolas da região Metropolitana e da Serra realizaram uma carreata saindo do Laçador até a Praça da Matriz, em Porto Alegre. Em seguida, os manifestantes entregaram um manifesto à deputada estadual Laura Sito, da Assembleia Legislativa do RS, e se reuniram com a Casa Civil no Palácio Piratini. 

A proposta que está em consulta pública — com prazo até 2 de novembro — prevê que, para obtenção da CNH, deixem de ser exigidas aulas teóricas e práticas em centros de formação de condutores (CFCs), e que bastasse passar no exame prático. 

Principais preocupações: emprego, qualidade e segurança

No manifesto intitulado “Em Defesa da Vida, do Trânsito Seguro e dos Empregos”, as entidades alertam que cerca de 9 mil trabalhadores com emprego formal no RS poderão ser atingidos diretamente pela medida, se aprovada na forma atual. 

Para o presidente do SEEACOM-RS, André Fonseca da Silva, o modelo pretendido representa um retrocesso para a segurança viária: “No formato que o ministério está querendo implantar, vai atingir duramente aqui no RS. Sabemos que tem de haver mudanças, que o valor da CNH é alto, mas não podemos de uma hora para outra tirar todas as aulas, teóricas e práticas. A educação para o trânsito será praticamente extinta.” 

Do ponto de vista institucional, o Detran-RS divulgou que reconhece a necessidade de modernização e desburocratização, mas defende que eventuais mudanças preservem o caráter pedagógico e social do processo, garantindo qualidade e supervisão. 

Por que a FECOSUL apoia essa mobilização

A FECOSUL entende que a formação de condutores vai além de simples treinamentos técnicos: ela representa compromisso com a segurança das ruas, a responsabilidade social e a valorização profissional.

Alguns pontos que motivam nosso apoio ao SEEACOM-RS:

1.  Valorização dos profissionais – Instrutores e empregados de autoescolas são peça fundamental na transmissão de conhecimento e cultura de trânsito responsável.
2.  Garantia da qualidade formativa – Leituras teóricas, aulas práticas supervisionadas, acompanhamento e avaliação são elementos imprescindíveis para formar condutores conscientes.
3.  Preservação do emprego – Mudanças abruptas e desregulamentações podem gerar demissões e inviabilizar muitos CFCs, especialmente os de menor porte.
4.  Segurança pública – Retirar etapas da formação pode aumentar riscos no trânsito, com motoristas menos preparados assumindo a direção sem o devido preparo.
5.  Diálogo e aprimoramento – A proposta precisa ser discutida com cautela e participação ampla de todos os atores do trânsito — setor público, entidades, profissionais e sociedade.

Chamado à mobilização

A FECOSUL convoca seus sindicatos e a sociedade em geral a aderirem à mobilização promovida pelo SEEACOM-RS, participando de debates públicos, assinando manifestos, dialogando com parlamentares e divulgando os riscos deste retrocesso proposto.

A reforma no processo de formação de condutores não pode, jamais, comprometer a segurança, a qualidade e os empregos do setor, asseverou André Fonseca.