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Lajeado: “Café com Informação” debate conjuntura econômica

Na manhã desta quinta-feira (13), o Sindi Comerciários Lajeado realizou mais uma edição do ‘Café com Informação’ em sua sede. O evento reuniu mais de 50 participantes, entre dirigentes, comerciários e convidados, para debater temas de grande impacto para a categoria, promovendo atualização e diálogo sobre o setor.

A atividade contou com a presença da técnica do DIEESE-RS, Daniela Sandi, que apresentou um panorama da conjuntura econômica nacional, estadual e regional, com ênfase nos desafios e perspectivas para o comércio. Entre os temas discutidos, destacou-se a escassez de mão de obra no Vale do Taquari, um fator que impacta diretamente as relações de trabalho e a organização do setor.

Durante o encontro, foram elencados diversos fatores que contribuem para essa escassez, como a extensa jornada de trabalho no comércio, a obrigação de trabalhar aos domingos e feriados e a baixa remuneração da categoria. Enquanto a indústria da região oferece salários mais altos e benefícios como vale-alimentação, PPR, prêmio assiduidade e auxílio estudante, o comércio enfrenta dificuldades em atrair e reter trabalhadores.

Outro fator relevante apontado foi a falta de infraestrutura básica para os trabalhadores, como a carência de mais de 500 vagas em creches na cidade e a inexistência de transporte público após as 20h, o que obriga muitos comerciários a dependerem de vans fornecidas pelas empresas, aumentando o tempo de deslocamento para casa.

No segundo momento do evento, o presidente da Fecosul e da CTB-RS, Guiomar Vidor, e o presidente do Sindi Comerciários Lajeado, Marco Daniel Rockenbach, abordaram dois temas fundamentais para a categoria: o projeto da Jornada de Trabalho 5×2, com carga horária de 40 horas semanais, e a Campanha Salarial 2025. Ambos reforçaram a importância da mobilização dos trabalhadores para garantir avanços e melhorias nas condições de trabalho.

Benefícios da implantação da escala 5×2

Os representantes do sindicato enfatizaram os impactos positivos da adoção da jornada 5×2, destacando os seguintes pontos:

  • Melhoria da saúde mental e física dos trabalhadores;
  • Aumento da produtividade, uma vez que jornadas mais curtas resultam em trabalhadores mais descansados, melhorando a qualidade do trabalho, reduzindo o absenteísmo e aumentando a eficiência;
  • Maior tempo para convívio social e lazer, contribuindo para a qualidade de vida;
  • Dinamização da economia, pois trabalhadores com mais tempo livre tendem a consumir mais bens e serviços ligados ao lazer e à cultura, impulsionando esses setores;
  • Redução da desigualdade social, proporcionando condições mais equitativas para os trabalhadores;
  • Melhoria nas condições de vida para as mulheres, especialmente no setor do comércio, onde a mão de obra feminina é predominante. A redução da jornada permitiria maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, diminuindo a sobrecarga e permitindo dedicação ao autocuidado, à educação e à participação em atividades sociais e culturais.

O ‘Café com Informação’ reafirma o compromisso do Sindi Comerciários em promover o diálogo e a informação qualificada para fortalecer a luta e os direitos da categoria. A mobilização dos trabalhadores será essencial para avançar nas conquistas propostas e melhorar as condições de trabalho do setor.

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Fecosul formaliza denúncia por violações aos direitos humanos e agressões contra dirigente sindical

A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecosul) oficializou, na manhã desta terça-feira (25/02), uma denúncia junto à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, presidida pela deputada federal, Daiana Santos (PCdoB/RS), e à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do RS (ALERGS), presidida pelo deputado estadual, Adão Preto (PT). A acusação envolve violações aos direitos humanos, crimes contra a organização do trabalho e o emprego de violência física contra a categoria.

O estopim para a formalização da denúncia foi a agressão sofrida pelo presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Júlio de Castilhos, Fermino Miranda Lourenço. Na noite de domingo, 23/02, enquanto jantava com sua família, Fermino foi perseguido por dois homens mascarados, armados com objetos semelhantes a facões. Ele e sua esposa precisaram fugir, mas acabaram feridos e tiveram que buscar atendimento hospitalar.

Segundo o ofício enviado pela Fecosul, a violência ocorreu em retaliação ao trabalho sindical exercido por Fermino. O dirigente vinha notificando empresas de supermercados da cidade por convocar trabalhadores aos domingos sem respeitar o Código de Posturas do Município (Lei n.º 772/1979) e as normas coletivas vigentes. Essa não foi a primeira agressão sofrida por ele: em ocasião anterior, ao acompanhar uma trabalhadora em uma rescisão no Supermercado Divisão, Fermino foi ameaçado com uma faca pelos responsáveis da empresa.

Para a Fecosul, essas agressões representam uma tentativa clara de amedrontar o sindicato e impedir a defesa dos direitos dos trabalhadores. O presidente da federação, Guiomar Vidor, reforça que a violência não irá silenciar o movimento sindical. “É inadmissível que dirigentes sindicais sejam agredidos por estarem cumprindo seu dever de agir na defesa dos direitos da categoria. Se o objetivo é nos calar, vamos aumentar o tom da voz e da cobrança dos direitos dos trabalhadores. Isto é o mínimo que os empresários devem cumprir”, exclama Vidor.

Além das denúncias já realizadas, a Fecosul informou que formalizará uma queixa junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ajuizará ações contra os agressores, buscando justiça e prevenção de novos ataques. O ofício completo enviado pela federação às autoridades está disponível para leitura no final do texto e reforça seu compromisso em lutar pela segurança, dignidade e pelos direitos humanos de todos os trabalhadores do comércio, sem ceder às tentativas de intimidação.

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ASSINADO CONVENÇÃO COLETIVA (LOJISTAS) – SANTA ROSA E REGIÃO

O SEC SANTA ROSA firmou em 01/agosto Convenção Coletiva de Trabalho 2024/2025 (LOJISTAS) para 11 municípios de sua base territorial. A CCT com data base em 01/junho manteve a integralidade das cláusulas anteriores além do reajuste salarial para todos os salários em 4.34% com aumento real de 1%. Conforme a Presidenta Nara Schmidt, a comissão de negociação do SEC Santa Rosa manteve-se firme em suas posições mesmo passados 60 dias da data base, no propósito de assinar a CCT somente com o
ganho real. Com isso o piso normativo da categoria passa a ser fixado em R$ 1.775,34 – Feriados, com exceção de 01/Janeiro, 01/Maio e 25/Dezembro, será concedido abono de R$ 122,00 com a folga em regime de compensação. Com isso acredita a Presidenta Nara, que as bases desse acordo atende as
reivindicações da categoria.

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Fecosul celebra 85 anos com homenagens e reflexões sobre direitos e negociações

“Uma entidade que surgiu da luta dos comerciários e comerciárias do Brasil, na efervescência da jovem classe trabalhadora que conquistou diversos direitos trabalhistas, moldando a Fecosul e permitindo que ela completasse, hoje, seus 85 anos de história”. Com essa fala, Guiomar Vidor, presidente da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul, resume a essência da federação e sua trajetória ao longo de quase nove décadas. Para celebrar essa data tão especial – que coincide com o dia nacional dos comerciários, em 30 de outubro – a Fecosul organizou dois dias de eventos marcantes, reunindo líderes sindicais, políticos e representantes do setor público para homenagear a entidade e discutir temas relevantes e atuais para a categoria.

A celebração teve início na segunda-feira, 30/10, com uma sessão solene na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, proposta pela vereadora Abigail Pereira. Durante a sessão, foi exibido um vídeo institucional detalhando a história e a importância da Federação, intrinsecamente ligada à história política do país. Na sua fala, Abigail enfatizou o papel fundamental da Fecosul na luta das mulheres, que ainda enfrentam desigualdades salariais e jornadas duplas, desafios que se tornaram mais evidentes durante a pandemia.

“Essas aguerridas companheiras que têm protagonizado muitas lutas que dizem respeito, inclusive, aos assédios moral e sexual que sofrem no ambiente de trabalho, além de exigências pela classe patronal. Isso sem falar na pandemia, período em que tiveram grandes dificuldades, pois não tinham escola para que os filhos ficassem, mas sempre estiveram lá trabalhando. Por isso, desejo vida longa à Fecosul e que ela possa lutar ainda mais pelas mulheres e por toda a classe trabalhadora do RS”, diz.

Vidor, por sua vez, abandonou o discurso preparado previamente para falar de forma espontânea – e com grande emoção – sobre a entidade que preside. Ao relembrar a importância da Federação e sua história de luta, ressaltou os desafios enfrentados em períodos difíceis, como após o golpe de 1964 e durante a ditadura militar. Além disso, aproveitou o momento para homenagear um dos grandes presidentes da entidade, descrevendo-o como uma inspiração e um exemplo do sindicalismo. “José Carlos Schulte teve a coragem de coordenar o movimento [sindical] no estado do Rio Grande do Sul para retomar a nossa federação que teve a sua direção afastada, caçada em 1964 por conta do golpe militar. Surgia a partir dali uma nova Fecosul, renovada e que iria conquistar inúmeros direitos aos trabalhadores”, lembra.

A vereadora, ao final da sessão solene, entregou, ao presidente da Fecosul, uma placa em homenagem aos 85 anos da entidade.

Em seguida, os convidados continuaram a celebração na Churrascaria Cultura Gaúcha. O local estava lotado, com a presença de diversas autoridades políticas e do poder público estadual (veja a lista dos presentes no jantar e na Câmara de Vereadores ao final do texto), além de dirigentes sindicais, especialmente dos 53 sindicatos filiados à Federação.

A direção do Sindicomerciários de Caxias do Sul também homenageou à entidade com uma placa comemorativa. O jantar foi animado por apresentações de música e dança típicas da região.

Seminário e Debates no Auditório da Agea

Na manhã de terça-feira, 31/10, o foco foi um seminário realizado no Auditório da Agea, que trouxe um rico debate sobre temas importantes para a categoria. Vidor apresentou os palestrantes e os tópicos discutidos. O Desembargador Ricardo Martins Costa, vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), foi o primeiro a se apresentar com o tema “Dissídios e Negociações Coletivas”.

Costa alertou para as mudanças nas relações de trabalho com o avanço da tecnologia e a necessidade de considerar os trabalhadores que dependem, por exemplo, de aplicativos para sustentar suas famílias.  “As negociações coletivas têm de abarcar também essas novas formas de relações do trabalho. Nós não podemos esperar o Congresso Nacional [agir]. A história de vocês [dirigentes da Fecosul] mostra que essa é uma [nova] luta, desses trabalhadores que estão em uma situação mais dramática nas relações de trabalho”, afirma.

Em seguida, o advogado Dr. Paulo JB Leal, membro da Abrat e IAB, trouxe reflexões sobre Os Limites e Possibilidades da Contribuição Negocial diante da Decisão do STF – tema 935 – que afirma ser constitucional a instituição, por acordo ou convenção coletivos, de contribuições assistenciais a serem impostas a todos os empregados da categoria, ainda que não sindicalizados, desde que assegurado o direito de oposição. Ele acredita que “nós precisamos agora fazer um debate de como encaminhar isso de forma a não criar problemas no momento da execução dessa nova orientação jurisprudencial, que abre essa janela de oportunidades de construirmos as bases do sindicalismo brasileiro – após o período de obscuridade que o nosso País viveu [durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro]”.

Após uma rodada de perguntas e debates com o público, a economista e Técnica do Dieese, Lucia Garcia, encerrou as palestras falando sobre a Aplicabilidade da Lei da Igualdade Salarial, compartilhou sua expertise sobre assuntos econômicos relacionados ao mercado de trabalho e direitos dos trabalhadores. Em uma pauta que corrobora com a fala da vereadora Abigail no dia anterior, Lucia é contundente ao relatar o quanto ainda as mulheres sofrem com a diferença salarial no Brasil e o quanto há para caminhar nesse sentido.

“No centro da economia capitalista desenvolvida brasileira, que não se compara a outros países latino-americanos, é fato, é dado que existe uma desigualdade extrema de rendimentos entre homens e mulheres. E essa desigualdade piora à medida que as mulheres estudam. (…) Conforme a sociedade vai ‘andando’ na escolarização das mulheres, as preparando para se colocarem em melhores condições no mercado de trabalho, aumenta o distanciamento [salarial] entre homens e mulheres”, exalta a economista.

A festa dos 85 anos da Fecosul foi marcada não apenas pela comemoração, mas também por reflexões e debates sobre questões atuais e relevantes para os comerciários e comerciárias do Rio Grande do Sul, reafirmando o compromisso da Federação com a defesa dos direitos e a busca por melhores condições para os trabalhadores do comércio no estado. Que venham mais 85 anos de muita luta, vitória e conquistas para a classe trabalhadora.

Lista de autoridades presentes nos dois dias de eventos:

  • Abigail Pereira, Vereadora de Porto Alegre
  • Dra. Adriana Kunrath, vice-presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da IV Região – Amatra 4
  • Claudir Néspolo, Superintendente Regional do Ministério do Trabalho no Rio Grande do Sul
  • Danusa Silva, Representante da Deputada Federal Daiana Santos
  • Denílson Aguiar, Representante da Fetar/RS – Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais no Rio Grande do Sul
  • Desembargador Dr. Gilberto Souza dos Santos, Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
  • Desembargador Dr. Marcelo José Feltrin D’Ambroso, Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
  • Desembargador Luiz Alberto de Vargas, Representante do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
  • Edison Costa Marques, Presidente da Fitedeca – Federação Interestadual dos Trabalhadores em Empresas de Difusão Cultural e Artistas nos Estados do RS e SC
  • Henrique Fermiano da Silva, Presidente da Feeac – Federação dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação no Rio Grande do Sul
  • Lúcia Garcia, Economista e Representante do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
  • Jair Ubirajara, Presidente da Federação dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Rio Grande do Sul
  • João Nadir Pires, Representante da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado e do Vestuário do Rio Grande do Sul
  • José Carlos Schulte, Ex-Presidente da Fecosul
  • Dr. Paulo Leal, Advogado, Dirigente do Instituto dos Advogados Brasileiros, Dirigente da Abrat e Agetra, e Presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santo Ângelo
  • Sergio de Miranda, Dirigente da Executiva Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB

Texto: Bruno Pacheco
Fotos: Bruno Pacheco e Rodrigo Positivo

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Brasil e Estados Unidos lançam parceria para promover o trabalho digno

Nesta quarta-feira (20), os presidentes da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e dos Estados Unidos, Joe Biden (Partido Democrata), lançaram uma parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras, uma iniciativa inédita entre as duas nações com o objetivo de promover o trabalho digno e enfrentar desafios persistentes na esfera laboral.

O evento ocorreu na cidade de Nova York e foi um marco significativo na história do relacionamento entre Brasil e Estados Unidos. Lula enfatizou a importância deste encontro: “É a primeira vez em mais de 500 anos da história do Brasil em que você senta com o presidente da República americano, em igualdade de condições, para discutir um problema crônico, que é a questão da precarização do mundo do trabalho”. O compromisso conjunto dos líderes brasileiro e americano é buscar soluções para a crescente precarização do trabalho e promover a criação de empregos de qualidade.

Promovendo a justiça e a sustentabilidade econômica

A parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras visa a defender uma agenda de justiça e sustentabilidade na economia global. Os dois presidentes estão comprometidos em assegurar que o crescimento econômico seja inclusivo e beneficie a todos, combatendo a exclusão social.

Para alcançar esses objetivos, o Brasil e os Estados Unidos planejam trabalhar em estreita colaboração com parceiros sindicais de ambos os países, bem como com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além disso, eles têm a intenção de envolver outros países e parceiros globais na iniciativa. O objetivo é fomentar um desenvolvimento inclusivo, sustentável e compartilhado por todos os trabalhadores e trabalhadoras, garantindo que os direitos laborais sejam respeitados e protegidos em escala global.

O projeto Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras representa um passo significativo em direção à promoção do trabalho digno, à proteção dos direitos dos trabalhadores e à busca por soluções para os desafios do mundo do trabalho no século XXI. A união entre Brasil e Estados Unidos nessa iniciativa é um exemplo de cooperação internacional para enfrentar questões laborais globais e construir um futuro mais justo.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL