É um avanço, mas insuficiente: é o que considera a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a CTB, sobre a proposta anunciada pelo governador Leite de um reajuste de 9% para o Salário Mínimo Regional.
Isto porque a proposta sequer cobre as perdas com a inflação dos últimos períodos. Lembrando: ficaram 4,5% para trás no reajuste, ainda referentes a 2020; este que deveria ser somado aos 5,73% referentes a inflação com base em fevereiro deste ano. Só isso daria um reajuste de 10,47%.
Ainda, segundo Guiomar Vidor, presidente da CTB, a reivindicação das centrais sindicais é que seja recuperado o valor do Salário Mínimo Regional em relação ao mínimo nacional nos patamares de quando ele fora criado, em 2001, e representava 1,28 salários mínimos do país. Para se atingir esse valor, o reajuste deveria ser de 15,42%.
Vidor lembra que no RS, 1,5 milhão de trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias dependem do Piso Regional para repor as perdas com a inflação nos seus salários. “O Salário Mínimo do RS beneficia todos os trabalhadores gaúchos, mas principalmente aqueles mais frágeis em termos de representação sindical, como as empregadas domésticas, trabalhadores terceirizados, motoboys e muitas outras profissões”, acrescentou.
O presidente da CTB espera que o índice possa ser melhorado. Para isso as centrais sindicais devem intensificar as mobilizações nos próximos dias, inclusive junto aos deputados e as deputadas estaduais.