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FECOSUL participa de reunião da CNTC que define agenda nacional em defesa dos comerciários e da classe trabalhadora

Nos dias 27 e 28 de outubro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) realizou, em Brasília, reunião conjunta da Diretoria Executiva e do Conselho de Representantes, momento em que foram debatidos temas centrais para o futuro da categoria comerciária em todo o Brasil. A Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul (FECOSUL) esteve representada no encontro pelos dirigentes Ivanir Perrone e Guiomar Vidor.

Durante os dois dias de atividades, a CNTC reafirmou seu compromisso com a valorização da categoria e deliberou importantes encaminhamentos sobre pautas estratégicas, como a luta contra a terceirização desenfreada, a precarização das relações de trabalho no comércio e serviços, e o enfrentamento às escalas exaustivas de trabalho.

Escala 6×1 na mira da mobilização nacional

Um dos destaques das discussões foi o fortalecimento da campanha pelo fim da escala 6×1, considerada uma das maiores distorções da jornada de trabalho atual. A CNTC lançará uma campanha nacional em defesa de uma nova organização da jornada, que garanta no mínimo dois dias de descanso semanal e limite a carga horária a 40 horas semanais, sem redução salarial.

Essa reivindicação histórica está contemplada no Projeto de Lei 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que já tramita no Congresso Nacional. A FECOSUL, assim como outras federações filiadas à CNTC, irá reforçar o apoio ao PL, mobilizando a base da categoria e os parlamentares gaúchos em favor da proposta.

Isenção do IR e combate à precarização

A reunião também celebrou a recente aprovação do projeto do governo Lula que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais — medida que representa alívio significativo para milhares de comerciários e comerciárias que atuam com salários baixos ou médios, muitas vezes enfrentando duras jornadas.

Outro tema que gerou preocupação entre os presentes foi o avanço da terceirização e da informalidade, que seguem corroendo direitos trabalhistas no setor. A CNTC e suas entidades filiadas alertam que é preciso reforçar a fiscalização, garantir o cumprimento da CLT e combater qualquer tentativa de precarizar os contratos por meio de reformas disfarçadas de “modernização”.

Rumo a 2026: plano de ação e diálogo com presidenciáveis

A reunião da CNTC também aprovou o plano de ação para 2026, que inclui estratégias de mobilização nacional, fortalecimento das campanhas salariais, articulação legislativa e elaboração de uma plataforma com propostas a serem apresentadas aos candidatos e candidatas à presidência da República no próximo ano.

“A presença da FECOSUL nesse espaço reafirma nosso compromisso com a luta por mais direitos, melhores condições de trabalho e respeito à jornada de quem movimenta o comércio no nosso estado e no país”, destacou Vidor, que também é vice-presidente da CNTC.

Segundo Ivanir Perrone, a FECOSUL seguirá acompanhando os desdobramentos dessas pautas e convocando os sindicatos filiados a se engajarem nas mobilizações em defesa de uma jornada mais justa e condições dignas de trabalho para todos os comerciários e comerciárias do Rio Grande do Sul e do Brasil.

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