Os trabalhadores e trabalhadoras comerciários de Caxias do Sul deram início na Campanha Salarial 2024, definindo a luta pela reposição das perdas da inflação com aumento real nos salários de 3% (+INPC) e a manutenção e ampliação dos direitos da Convenção Coletiva como principais metas para este ano. Essa foi a principal definição da assembleia geral realizada nesta segunda-feira, 20 de maio, no auditório da nova sede da entidade, aprovada por unanimidade.
Com a data-base em julho, a assembleia dá início às mobilizações da campanha em Caxias e região (Caxias do Sul, São Marcos, Flores da Cunha e Nova Pádua), que deve ter diversas ações, como a entrega de materiais informativos para a categoria e a sociedade, presença na mídia e nas redes sociais e mobilizações nas lojas e mercados.
INTRANSIGÊNCIA DOS REPRESENTANTES DOS PATRÕES ATRASAM CCTs
O presidente do sindicato, Nilvo Riboldi Filho, destacou que “as negociações do ano que passou foram difíceis, e ainda estão, pois, alguns representantes dos patrões insistem em não dar aumento real, apenas a inflação. Fechamos as Convenções coletivas de todas as categorias, menos de Farmácias e atacadista. Temos que lutar pela reposição com aumento real, precisamos buscar a valorização da categoria. Precisamos de respeito, condição digna de trabalho e remuneração justa. Assim como precisamos manter e ampliar os direitos conquistados em anos de luta presentes na nossa Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT. Sabemos que foi conquistado muito nas últimas décadas de luta, mas, se não nos mantivermos firmes, os representantes dos patrões sempre tentarão retirar ou diminuir, visando somente o lucro”. Neste ano, destacou o presidente do sindicato, “mais do que nunca, a classe comerciária e, os trabalhadores e trabalhadores, serão desafiados, como na pandemia, a reconstruir o nosso Estado, neste momento triste e difícil que estamos passando por causa das enchentes. E, para isso precisamos ser valorizados, respeitados e, de muita união”.
A Convenção Coletiva da categoria tem cerca de 80 cláusulas. Ela só existe porque foi conquistada pela luta do sindicato e garante os direitos que a lei trabalhista, principalmente após a chamada reforma trabalhista, não assegura mais como adicional por tempo de serviço: triênio, quinquênio; auxílio-creche e prêmio pelo trabalho em domingos e feriados.
No próximo mês, com a divulgação do índice do INPC do período, e as pautas aprovadas, o sindicato inicia as rodadas de negociação junto aos representantes das empresas.