Diante do anúncio de fechamento de unidades da rede de supermercados Nacional no Rio Grande do Sul, a Federação dos Comerciários do Estado do RS (Fecosul) atuou com firmeza para assegurar garantias aos trabalhadores e minimizar os impactos sociais e econômicos das demissões em massa.
Segundo o presidente da Fecosul, Guiomar Vidor, foi firmado acordo com o grupo Carrefour, controlador da rede Nacional, que prevê indenizações específicas aos funcionários das lojas que forem fechadas e não forem absorvidas por outros grupos do varejo. A medida representa uma vitória da mobilização sindical em defesa da categoria, especialmente diante do cenário de incertezas que afeta centenas de empregados.
O acordo contempla um auxílio de 400 reais por seis meses, uma espécie de “cesta básica” coletiva, além de uma indenização equivalente a um salário base (R$ 1.746,00) por ano trabalhado, paga em até seis parcelas quando da opção do trabalhador pela quitação do contrato de trabalho. O dirigente explica que o objetivo foi garantir um mínimo de segurança financeira e dignidade para os trabalhadores e suas famílias neste momento de transição.
Apesar da ausência de informações claras por parte do Carrefour sobre quais unidades serão desativadas, a Fecosul acompanha com atenção as movimentações no setor. Vidor também alerta que, mesmo com a venda de 13 lojas já confirmada, muitos trabalhadores seguem em situação de incerteza.
A federação destaca ainda que algumas redes varejistas interessadas na compra das lojas alegam dificuldades em manter os atuais funcionários, o que representa um risco adicional ao emprego. A Fecosul, porém, insiste na permanência dos postos de trabalho como condição essencial nas negociações.
A atuação da Fecosul neste caso demonstra o papel fundamental da organização sindical na defesa dos direitos trabalhistas diante de processos de reestruturação e fechamento de empresas. “Vamos seguir lutando para que nenhum trabalhador fique sem amparo”, conclui Guiomar Vidor.